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Mãe e pai estão presos suspeitos da agressão que causou a morte de Isabelly, 11 anos (foto divulgação/redes sociais) |
* A Polícia Civil confirmou que Brezolin é mesmo o pai da vítima. Um áudio que circulou em grupos dizia que ele seria o padrasto da menina
Gabrielenses se comoveram com mais uma tragédia familiar que resultou na morte de Isabelly Carvalho Brezolin, de 11 anos, após ser espancada e abusada, supostamente pelo pai e a mãe — identificados como José Lindomar Brezolin, o pai, de 55 anos, e Elisa Oliveira, de 36 — moradores do Bairro Mariana, que estão presos. A comoção aumentou após uma empresa de telemoto, onde o homem trabalhava, emitir nota sobre o ocorrido, gerando manifestações de incredulidade entre clientes e conhecidos.
Vários leitores relataram que tanto Brezolin quanto Elisa eram considerados pessoas discretas. No ambiente de trabalho, ele era tido como “educado” e prestativo. “Quem ia dizer? Sempre muito educado, mas no fundo um monstro. Realmente, não conhecemos ninguém”, desabafou uma leitora. Nas redes sociais, muitos gabrielenses afirmaram estar chocados com mais um crime cometido por quem menos se esperava.
Quanto à atuação do Conselho Tutelar, o delegado Daniel Severo solicitou à imprensa que destacasse o papel do órgão no caso, informando que os conselheiros foram acionados pelos profissionais da Santa Casa e, em seguida, comunicaram a Brigada Militar e a Polícia Civil, que efetuaram a prisão dos genitores. “Tivemos uma colaboração importantíssima dos conselheiros e reconhecemos isso, mesmo em um momento de pesar”, destacou.
Devido à gravidade dos ferimentos — duas costelas quebradas, perfuração de um dos pulmões, múltiplos hematomas e lesões genitais com sangramento — Isabelly foi intubada e colocada em coma induzido para ser transferida à cidade de Santa Maria. Durante o trajeto, sofreu duas paradas cardíacas, entrando em estado gravíssimo. Ela não resistiu e faleceu na manhã desta quinta-feira, 8 de maio.
O inquérito policial prossegue e ainda não há definição sobre o enquadramento do crime: se será considerado estupro seguido de morte ou feminicídio. Segundo o delegado, a configuração legal dependerá da análise sobre o dolo do agente, a ser confirmado com as perícias em andamento.
A morte de mais uma criança que deveria estar sob proteção dos próprios responsáveis causou profunda comoção na comunidade, apenas 44 dias após o caso do menino Théo Ricardo Felber, de 5 anos, jogado do alto da ponte sobre o Rio Vacacaí, no Bairro Mato Grosso, por seu genitor, de 40 anos. A população gabrielense se pergunta por que tantos crimes cruéis cometidos por familiares têm se repetido nos últimos tempos.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 08/05/2025 16h46
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