Advogados de defesa dos réus tentaram liberdade dos mesmos, mas pedido foi negado pela juíza Viviane Freitas Pereira e o Conselho Disciplinar da Brigada Militar (foto arquivo C7) |
Com informações do Diário de Santa Maria
Durante as audiências do Tribunal de Justiça Militar realizadas nesta semana em São Gabriel para apurar o desaparecimento e morte de Gabriel Marques Cavalheiro, os advogados dos três policiais militares que são réus entraram com habeas corpus para libertá-los da prisão, no entanto, a juíza Viviane Freitas Pereira e o Conselho de Disciplina da Brigada Militar negaram o pedido e eles continuam presos.
Com isso, os soldados Cleber Ramos de Lima, Raul Veras Pedroso e o sargento Arleu Cardoso Jacobsen, que estiveram presentes às audiências, seguirão presos no Presídio Militar de Porto Alegre, onde após as mesmas eles foram novamente levados.
O último dia de audiências teve uma inspeção judicial da barragem do Lavapé, onde o corpo do jovem foi encontrado, atendendo a pedido dos advogados de defesa dos réus que alegaram querer encontrar subsídios que reforçassem supostas inconsistências nas evidências e a oitiva de mais sete testemunhas dos policiais Cléber e Raul.
RELEMBRE O CASO
Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, desapareceu por volta da meia-noite do dia 12 de agosto de 2022, no Bairro Independência, em São Gabriel. Segundo o relato de uma moradora, ela teria chamado a Brigada Militar (BM) após o jovem ter forçado a grade da casa dela e tentado entrar no local. Os policiais foram até o endereço, abordaram, algemaram Gabriel e o colocaram no porta-malas da viatura. Depois disso, o jovem não foi mais visto.
O corpo de Gabriel foi encontrado no dia 19 de agosto, em uma barragem na região conhecida como Lavapé, após cinco dias de buscas na cidade. Os três policiais militares que abordaram o jovem foram presos no mesmo dia e encaminhados ao Presídio Militar de Porto Alegre, onde estão presos desde então. O laudo do exame de necropsia apontou que Gabriel morreu devido a uma hemorragia interna na região do pescoço, provocada por uma agressão, e que não haviam indícios de afogamento.
Os soldados Cleber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso e o sargento Arleu Júnior Cardoso Jacbosen são representados pelos advogados Maurício Custódio e Shaianne Lourenço Linhares.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 17/02/2023 09h26
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