Porto Alegre | Cerca de 235 dias após o trágico incêndio que destruiu a sede da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul e matou dois bombeiros no combate ao sinistro, a edificação veio abaixo com uma implosão neste domingo, 6 de março. Uma operação minuciosa de isolamento da área terminou na implosão da antiga sede da SSP, atingida pelo incêndio ocorrido em 14 de julho de 2021.
A implosão, que durou sete segundos, foi acompanhada pelo governador em exercício, Ranolfo Vieira Júnior desde as primeiras horas da manhã, mas o local foi preparado desde o sábado (5) pela FBI Demolidora, vencedora da licitação e que implantou o sistema de detonação responsável pela implosão do prédio.
Uma área no raio de 300 metros do prédio foi desocupada e isolada, incluindo o fechamento da Estação Rodoviária - transferida temporariamente para o Terminal Conceição, nas proximidades - das estações São Pedro, Rodoviária e Mercado do Trensurb e da Avenida Castelo Branco, além da evacuação de residências e comércios da região.
A implosão aconteceu pontualmente às 9h, acompanhada por autoridades e imprensa em uma área logo à frente, em distância segura, no Cais do Porto. Após o rescaldo, o trânsito foi liberado na região por volta do meio-dia, bem como autorizado o retorno de moradores e comerciantes aos locais próximos. A empresa terá agora 30 dias para remoção dos escombros e limpeza do local.
O prédio em que funcionava à antiga sede da SSP foi concluído em 1972 e abrigou até 1998 a Superintendência da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), sendo repassada para o Estado naquele ano e em 2002, foi inaugurada para a SSP. No trabalho de combate às chamas naquela noite, morreram o tenente Deroci de Almeida da Costa, 46 anos, e o sargento Lúcio Ubirajara de Freitas Munhós, 51 anos, do Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS).
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 06/03/2022 20h18
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