A comunidade escolar da Escola Estadual Ataliba Rodrigues das Chagas, na localidade do Batovi, interior de São Gabriel e que atende os alunos dos assentamentos, emitiu nota no começo da noite desta quarta-feira (23) anunciando que paralisará as atividades até a regularização do transporte escolar, um problema que não seria de hoje. Os pais pedem que a Secretaria Estadual da Educação resolva a situação na escola, que sempre teria o transporte escolar instável além da falta de professores e funcionários.
A comunidade também rejeita o modelo da aulas remotas e pede uma solução para o problema que se arrasta há anos. "Mais de 20 municípios gaúchos foram prejudicados neste início de ano letivo por este problema, porém a desorganização por parte da Secretaria Estadual de Educação na questão dos contratos do transporte não atinge pela primeira vez a nossa Escola. Há vários anos que algumas linhas precisam ser garantidas de forma judicial, não operando por várias semanas, prejudicando diretamente a educação dos nossos filhos. Ao fim do ano de 2021, todos os alunos simplesmente ficaram sem acesso a escola nos meses de novembro e dezembro devido ao término dos contratos com as empresas, não havendo por parte da Seduc nenhuma compensação", informou a nota oficial. Além disso, o efetivo de professores e funcionários é insuficiente.
A comunidade escolar, por meio de Sara Souto Castro, afirmou que as aulas estarão totalmente paralisadas até a regularização desta situação, seja na contratação do transporte escolar e de professores e funcionários. Confira a manifestação:
BASTA DOS ALUNOS PAGAREM PELA INCAPACIDADE DO ESTADO.
ESTAMOS PARALISADOS ATÉ A REGULARIZAÇÃO DO TRANSPORTE ESCOLAR.
Mais uma vez os mais de 240 alunos da Escola Estadual Ataliba Rodrigues Das Chagas, situada no distrito do Batovi, interior de São Gabriel, se vêem desamparados no seu direito básico de estudar devido a não contratação do Transporte Escolar.
Mais de 20 municípios gaúchos foram prejudicados neste início de ano letivo por este problema, porém a desorganização por parte da Secretaria Estadual de Educação na questão dos contratos do transporte não atinge pela primeira vez a nossa Escola. Há vários anos que algumas linhas precisam ser garantidas de forma judicial, não operando por várias semanas, prejudicando diretamente a educação dos nossos filhos. Ao fim do ano de 2021, todos os alunos simplesmente ficaram sem acesso a escola nos meses de novembro e dezembro devido ao término dos contratos com as empresas, não havendo por parte da Seduc nenhuma compensação.
Iniciamos 2022 com a triste notícia de que o transporte novamente não está contratado, incluindo uma linha que está sob contrato judicial está paralisada, mesmo estando o processo licitatório destas linhas aberto desde novembro de 2021.
O Transporte Escolar para os alunos de Ensino Médio, que estudam na cidade também não está contratado, deixando dezenas de alunos prejudicados.
A Secretária de Educação indica que os alunos sigam no modelo de aula remota, algo que os pais não concordam, pois este modelo é inviável e insuficiente, não garantindo o aprendizado dos nossos filhos.
Compreendemos que o modelo de aulas remotas, seja via internet ou material impresso, foi necessário no período mais forte da pandemia. Mas também reforçamos a total incapacidade deste modelo atender as necessidades de aprendizado.
Agrava a situação saber que novamente a Escola inicia o ano letivo com o quadro de professores e funcionários defasado, não podendo atender a todos os estudantes.
Se o Governo Estadual decretou o retorno presencial das aulas, exigimos que a Secretária Estadual de Educação garanta prontamente as condições para o início destas aulas na nossa escola e em todas as unidades escolares pertencentes a ela.
Assim, em decisão tomada nesta quarta feira, 23 de fevereiro, pelos pais, mães e responsáveis de alunos matriculados na Escola Ataliba Rodrigues Das Chagas, declaramos que REJEITAMOS O MODELO DE AULAS REMOTAS, E DECIDIMOS PELA PARALISAÇÃO TOTAL DAS AULAS ATÉ A REGULARIZAÇÃO DO TRANSPORTE ESCOLAR E A CONTRATAÇÃO DOS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS.
Assinam coletivamente esta nota a Comunidade Escolar.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 23/02/2022 22h17
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