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19 março 2021

Médico gabrielense anuncia ter descoberto tratamento para covid-19; CREMERS alerta para falta de comprovações

Em suas redes sociais, Luiz Cristiano fala do uso da flutamida para tratamento de covid-19 e que segundo ele, é a "cura do coronavírus"; vice-presidente do CREMERS, Eduardo Trindade, vê caso com preocupação e afirma que medida é experimental e não tem comprovação científica (fotos divulgação)

O anúncio feito pelo médico gabrielense Luiz Cristiano Maciel Cardoso em suas redes sociais da adoção de um tratamento para a covid-19 e que estaria dando resultados está repercutindo no Estado. O profissional disse estar usando flutamida para o tratamento de pacientes que contraíram o coronavírus e segundo ele, tendo êxito. Mas a iniciativa também já é vista com preocupação por entidades da classe médica, pois ainda é considerada experimental e não há estudos científicos que atestem a eficácia para acabar com a covid-19. 

No vídeo, Cardoso, que tem divulgado estudos com a flutamida e proxalutamida, afirma que com a medicação que aplicou,  “encontramos a cura, a Covid-19 está conquistada, está vencida. A Covid-19 como nós conhecemos acabou. Ela vai voltar para onde ela veio. Entre nós ela não tem mais guarida”. 

Ele diz que a medicação utilizada é somente com prescrição médica e que teve pacientes que estariam em situação crítica teriam revertido o estado após ministrar flutamida, ”a medicação que começamos a usar é impressionante:  os pacientes que estavam indo para o tubo, todos recuperados. Agora só nos falta preparar a logística para distribuição desta medicação. Ela só pode ser usada com receituário médico,e com acompanhamento médico. Estre tratamento não pode ser feito por conta própria.

Segundo ele, 300 pacientes receberam a medicação e 300 o placebo. Resultado foi assombroso: dos 300 com placebo, perto de 150 morreram. Do grupo de 300 que receberam a medicação, apenas 12 pacientes morreram. A diferença é assombrosa, eu nunca tinha visto algo assim desde que começamos a baatalha contra o Covid-19. A noticia ruim é que essa medicação não existe no Brasil.”

A partir daí, segundo o médico, ele começou a buscar uma saída, já que questões comerciais começaram a dificultar o uso de medicações similares. As duas medicações são de um grupo de bloqueadores de segunda geração. Ele explica que uma pesquisa levou a uma medicação alternativa que ele passou a utilizar, “com surpresa positiva e resultados impressionantes”, asseverou.

Maciel encontrou um similar nacional, “e a impressão que causa uma reviravolta assombrosa nos casos de Covid-19”. “Esta medicação não tem patente, ela é manipulada,e custa R$ 1,70 o comprimido. Com 40 reais em manipulação e 150 reais em farmácia comum,as pessoas têm condições de receber o tratamento para esta doença gravíssima. Acabou”, afirma o médico no vídeo, que já teve mais de 3,4 mil compartilhamentos na rede social.

Vice-presidente do Cremers se manifesta
O assunto gerou manifestações de profissionais médicos, visto que o medicamento, que é recomendado para tratamento de câncer de próstata, está em uso experimental mas não há publicações científicas ainda que comprovem sua eficácia para. O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS), Eduardo Trindade, destacou que o caso está sendo analisado pela Corregedoria da entidade. 

"Estamos vendo com preocupação esta disseminação do conteúdo, de forma sensacionalista de um tratamento ainda não-comprovado cientificamente. Infelizmente, ainda não surgiu uma cura e as medicações ditas pelo profissional não encontram respaldo científico para seu uso e nem gera custo-benefício", afirmou.

Trindade afirmou que as medidas serão tomadas segundo o código de ética profissional que rege a Medicina e frisa que o tratamento é experimental ainda. "É um tratamento um tanto quanto revolucionário, mas frisamos que é experimental, com uso dentro de protocolos de pesquisa, além de ter o consentimento do paciente e dos familiares, e ao mesmo tempo que tem os benefícios, existem os riscos e seguem um rito para adoção do tratamento", alertou. 

Ainda chamou a atenção sobre a forma de divulgação nas redes sociais, considerada não-científica. "É mais um apelo comercial do que científico e isso nos preocupa porque gera uma falsa esperança para os pacientes e famílias já abaladas pelo coronavírus", dizendo que medidas como esta podem levar a um relaxamento dos cuidados.

O médico ainda reforça que os colegas devem tomar cuidado pois tratamentos como este são experimentais. "Torcemos que surjam tratamentos eficazes, mas até agora, não temos comprovações reais e científicas de sua adoção, e tememos que isso leve ao relaxamento das medidas de prevenção", finalizando que todos tenham cuidado com o uso de tratamentos experimentais. 

"Orientamos tanto os colegas quanto a sociedade em geral que tenham muito cuidado com estes tratamentos, consultem as sociedades de infectologia, pneumologia e atente ao que é realmente usado no mundo para o tratamento da covid-19, para garantir a segurança da população. Precisamos dar soluções com segurança do que dar falsas esperanças", concluindo que qualquer irregularidade pode ser denunciada direto ao site do CREMERS. 

Desde o início da pandemia, o que não faltaram foram mensagens que alardeavam que a “cura” havia sido encontrada em um remédio já existente. Além dos casos mais famosos (e derrubados pela ciência) da cloroquina (incluindo a hidroxicloroquina) e ivermectina, remédios como a nitazoxanida e carvativir se apresentaram como promissores, mas as expectativas não se concretizaram.

Sites especializados informam que a situação com a flutamida é parecida e o que reforça a falta de relatos concretos é a ausência de estudos envolvendo o remédio ou informações de autoridades em saúde sobre o uso dessa medicação. Para além disso, é importante citar que, além de não ter a eficácia comprovada, a medicação pode causar problemas se tomada em excesso. Estudos apontam para o grau de hepatotoxicidade da medicação. Em 2004, a Anvisa chegou a alertar que o remédio (que também chegou a ser usado para tratamento de acne e alopecia de forma off-label) causou a morte de quatro mulheres. 

Finalizando: apesar do alarde nas redes sociais e a esperança que isso deu, infelizmente, as informações apontam que "a covid-19 acabou", não procedem até o momento, são necessários estudos científicos comprovados. 

Reportagem: Marcelo Ribeiro 
Data: 19/03/2021 08h53
Contato da Redação: (55) 996045197 / 991914564 
E-mail: blogcadernosete@gmail.com 
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