Celestino Valenzuela, morto aos 92 anos nesta madrugada, começou carreira jornalística em São Gabriel após se lesionar quando jogava pelo Cruzeiro, nos anos 50 (foto reprodução) |
Com informações de GaúchaZH
Com início de sua carreira de narrador após desistir de jogar futebol devido à uma lesão em São Gabriel, o narrador e radialista Celestino Valenzuela morreu nesta madrugada de sexta-feira (16) aos 92 anos, após estar internado por problemas de saúde. Valenzuela ficou marcado pela narração que o eternizou como um dos melhores do Estado no jornalismo esportivo e pelo seu bordão "que lance". Ele passou por São Gabriel em carreira esportiva e com o início da carreira jornalística. Sua morte foi noticiada por sua filha, Valena e também pelo ex-colega Cláudio Brito.
Nascido em Alegrete, Valenzuela chegou a atuar como jogador de futebol no Cruzeiro de São Gabriel e uma lesão em 1955 o deixou de molho. Aí um conhecido da Rádio São Gabriel, Omar Barbosa, o convidou para ser locutor e nunca mais voltou a atuar nos gramados, começando a carreira de sucesso. O gerente da época, Ataíde Ferreira, que foi narrador na Guaíba mais tarde, sugeriu que ele fosse para a capital do Estado, após três meses trabalhando na emissora, para alçar voos mais altos. Ele chegou à capital e começou na TV Piratini em 1959.
Passou ainda pela Itaí, Difusora e Farroupilha. Foi narrador esportivo da RBS TV — e da antiga TV Gaúcha — nos anos 1970 e 1980. Trabalhou também na Rádio Gaúcha, onde transmitia futebol, vôlei e basquete, além de apresentar o programa Domingo Esporte Show. O narrador contou momentos históricos do futebol gaúcho, como os títulos do Internacional no Campeonato Brasileiro nos anos 70 e os títulos do Grêmio na Libertadores e do Mundial de 1983, em Tóquio.
Se aposentou em 1989, tanto da RBS TV quanto da Rádio Universidade, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por opção própria e se dedicar a esposa Iris e os filhos Cézar e Valena. Mas teve alguns retornos na TV, entre eles, a narração breve do último Grenal do Estádio Olímpico, em 2012. Teve sua biografia contada no livro "Que Lance!", de autoria de Rafaela Meditsch e Eduarda Streb. O velório ocorre na Capela do Crematório Metropolitano de Porto Alegre, até a tarde.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 16/10/2020 08h58
Contato da Redação: (55) 996045197 / 991914564
E-mail: blogcadernosete@gmail.com
jornalismo@caderno7.com