Há 25 anos, Ayrton Senna perdia a vida num final de semana trágico no GP de San Marino, em Ímola (foto divulgação) |
O final de semana foi pesado. Na sexta-feira, 29 de abril, Rubens Barrichello, que estava estreando na Jordan naquele ano, decolou em uma curva antes da reta dos boxes e bateu no guard-rail, escapando com uma fratura em um dos braços. O sábado traria o primeiro incidente trágico, com a morte do austríaco Roland Ratzenberger, que bateu com sua Simtek-Ford na curva Tosa, a mais de 300 km/h e teve morte instantânea. O carro perdeu o controle por conta da perda da asa traseira.
Para completar o final de semana negro da F1, na corrida, um acidente entre Pedro Lamy (Lotus) e JJ Lehto (Benetton) adiou a largada, ocasionando a entrada do safety car pela primeira vez. Na relargada, na sexta volta, Senna perde o controle da Williams e bate na Tamburello a mais de 200 por hora. A corrida é interrompida e Senna, que tinha a expectativa de buscar o tetracampeonato na F1, fica gravemente ferido. A agonia do piloto foi mostrada ao vivo para todo o mundo.
A corrida foi reiniciada, mas não havia mais graça continuar, enquanto o pior estava por vir. Às 14h35, hora de Brasília, a morte de Senna foi confirmada devido à gravidade dos ferimentos causados pelo choque e desaceleração abrupta. Os eventos trágicos de Ímola causaram mudanças no automobilismo ao longo dos anos, priorizando a segurança e tecnologia na Fórmula 1 e demais categorias.
E se ele não tivesse morrido? Sabe-se lá o que ele poderia ter sido. Poderia ter ganho mais títulos, encerrar a carreira na Ferrari como ele sonhava, se tornar dono de equipe e um empresário bem-sucedido em sua aposentadoria, um líder no país. O Brasil perdia uma de suas principais motivações e alegrias aos domingos, tanto é que nunca mais surgiu outro piloto no seu nível.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 30/04/2019 20h19
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