Tarso Teixeira
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel
Vice Presidente da Farsul
Noventa anos de Associativismo Rural no Estado: Um debate rumo ao futuro
O mês de maio coincide com uma celebração histórica para a formação da própria identidade cultural, social e econômica riograndense. No dia 24 de maio, comemoram-se 90 anos da fundação da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, a mais antiga federação de produtores do Brasil, e com toda justiça, uma das mais fortes, por representar a força de centenas de sindicatos e associações rurais gaúchas, fruto do dinamismo e da vitalidade de um agronegócio que orgulha o Brasil e o mundo.
Fruto das idéias empreendedoras e dinâmicas de um gabrielense que, décadas antes, semeou e criou associações rurais nos principais municípios do Estado e do pais – o embaixador e pensador Joaquim Francisco de Assis Brasil – a Farsul nasceu, de fato no 2.º Congresso de Criadores do Rio Grande do Sul, no Teatro São Pedro, em encontro coordenado pelo então presidente do Estado, Borges de Medeiros. Trinta associações rurais então existentes – entre elas a de São Gabriel – se tornaram fundadoras da Federação. A unidade de esforços dos produtores rurais, ao longo de nove décadas, tem sido fundamental nos momentos de crise e adversidade, que ao longo desta história, não foram poucos.
Mas a Farsul comemora seu Jubileu de Álamo, em um dos momentos mais difíceis para o associativismo rural na história do Brasil. O Congresso Nacional, no afã de sufocar a drenagem de recursos das centrais sindicais de trabalhadores para objetivos de natureza política e partidária, deliberou pela extinção do imposto sindical. Em vez de incrementar a fiscalização para impedir o uso irregular do recurso, foi-se embora a criança com a água do banho. As instituições patronais do meio rural, que passarão agora a ter de restringir muitos serviços, num país com consciência associativa ainda muito escassa.
Seria o fim? De forma alguma. É possível que o meio sindical patronal passe por mudanças profundas, mas enquanto houver lideranças rurais organizadas, continuarão ecoando as firmes sentenças de Borges de Medeiros, ditas há noventa anos: “Criadores, associai-vos! Individualmente e isolados, continuareis fracos e impotentes. Mas organizados e unidos pela solidariedade e cooperação, sereis uma força invencível”.
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel
Vice Presidente da Farsul
Noventa anos de Associativismo Rural no Estado: Um debate rumo ao futuro
O mês de maio coincide com uma celebração histórica para a formação da própria identidade cultural, social e econômica riograndense. No dia 24 de maio, comemoram-se 90 anos da fundação da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, a mais antiga federação de produtores do Brasil, e com toda justiça, uma das mais fortes, por representar a força de centenas de sindicatos e associações rurais gaúchas, fruto do dinamismo e da vitalidade de um agronegócio que orgulha o Brasil e o mundo.
Fruto das idéias empreendedoras e dinâmicas de um gabrielense que, décadas antes, semeou e criou associações rurais nos principais municípios do Estado e do pais – o embaixador e pensador Joaquim Francisco de Assis Brasil – a Farsul nasceu, de fato no 2.º Congresso de Criadores do Rio Grande do Sul, no Teatro São Pedro, em encontro coordenado pelo então presidente do Estado, Borges de Medeiros. Trinta associações rurais então existentes – entre elas a de São Gabriel – se tornaram fundadoras da Federação. A unidade de esforços dos produtores rurais, ao longo de nove décadas, tem sido fundamental nos momentos de crise e adversidade, que ao longo desta história, não foram poucos.
Mas a Farsul comemora seu Jubileu de Álamo, em um dos momentos mais difíceis para o associativismo rural na história do Brasil. O Congresso Nacional, no afã de sufocar a drenagem de recursos das centrais sindicais de trabalhadores para objetivos de natureza política e partidária, deliberou pela extinção do imposto sindical. Em vez de incrementar a fiscalização para impedir o uso irregular do recurso, foi-se embora a criança com a água do banho. As instituições patronais do meio rural, que passarão agora a ter de restringir muitos serviços, num país com consciência associativa ainda muito escassa.
Seria o fim? De forma alguma. É possível que o meio sindical patronal passe por mudanças profundas, mas enquanto houver lideranças rurais organizadas, continuarão ecoando as firmes sentenças de Borges de Medeiros, ditas há noventa anos: “Criadores, associai-vos! Individualmente e isolados, continuareis fracos e impotentes. Mas organizados e unidos pela solidariedade e cooperação, sereis uma força invencível”.