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31 maio 2011

O Governo e os Impostos: Só Deus Sabe...

Tarso Teixeira
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel
Vice Presidente da Farsul

Um administrador de estação ferroviária no interior (no tempo em que havia estações ferroviárias funcionando no interior), esperava pacientemente a chegada de um trem cargueiro do Uruguai. Quando finalmente chegavam à Estação, partiu para a conferência do estoque, pois era de sua responsabilidade recolher as taxas, de acordo com peso, valor, relevância da carga e outros fatores. Mas a conta não fechava, faltava no mínimo 30 contos pra fechar no valor. Refez as contas várias e várias vezes, sempre assessorado por seu auxiliar, até que teve uma idéia. Foi até o maquinista do ferrocarril uruguaio, apresentar a fatura. “Cuanto sale?”, pergunta o maquinista. “40 contos de imposto de renda, 5 contos de retenção de carga, mais 30 contos de SDS”. O maquinista pagou sem chorar e seguiu adiante. O assessor do administrador, intrigado, pergunta ao chefe: “Imposto de renda, tudo bem...retenção de carga, eu sei o que é, mas esses 30 contos que não fechavam...o que é SDS?”. O administrador, piscando um olho, respondeu: “Só Deus Sabe”...


Já me referi a esta piada em outro artigo, alguns anos atrás. Acabei me lembrando dela novamente ao ver o vai-e-vem de explicações que o novo governo estadual tem dado para, sem aviso, “meter a mão grande” no bolso do contribuinte gaúcho.  Com o pomposo nome de “sustentabilidade financeira”, um novo pacote é encaminhado à Assembleia, com a receita de sempre: aumentar, sem dó nem piedade, o peso dos descontos no bolso do cidadão comum. O projeto combina maquiavelices como a criação da taxa de inspeção veicular, uma nova alíquota da previdência estadual, ampliação de alíquota da taxa ambiental cobrada das empresas e o calote nos precatórios. Com estas ações combinadas, o governo pode arrecadar do bolso dos gaúchos algo em torno de R$ 1,1 bilhão por ano.

Onde isso será  usado? Na melhoria da qualidade de vida? Na valorização da produção? A criação de mais de 500 cargos de confiança logo nos primeiros meses já indica qual a verdadeira prioridade:distribuição de renda. Quer dizer, tirar a renda do cidadão gaúcho que trabalha e produz, e distribuir entre a companheirada do PT e partidos aliados.

Recentemente, o governador compareceu a dois importantes eventos do agronegócio gaúcho: a  Abertura da Colheita do Arroz e a Expodireto. Nos dois eventos, assumiu compromisso em lutar por soluções para a crise do endividamento do setor, que estrangula a economia de todo o Estado. Mas quando confrontado com a única solução efetiva que caberia ao governo estadual, que seria uma redução da carga tributária sobre o grão para lhe conferir maior competitividade, Sua Excelência recusou-se a tão somente debater a questão.

Pelos próximos dezoito dias, o senhor governador estará na Coreia do Sul. Pra quem já esteve no Vietnã comunista, não deixa de ser um avanço. Tomara que ele aproveite para observar como aquele país tão pequeno conseguiu produzir serviços públicos de excelência com uma carga tributária irrisória. Se aprender isso, terá valido a pena a gastança da viagem, num Estado que, segundo o que ele diz, está paupérrimo.

Até quando o conformismo permitirá que o gaúcho trabalhe quatro meses do ano somente para pagar impostos ao governo, legando uma carga tributária de moldes suíços e serviços públicos de moldes cada vez mais terceiro-mundistas?  

Só Deus Sabe... 


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