Faleceu nesta terça-feira (12), aos 64 anos, a professora e jornalista Beatriz Corrêa Pires Dornelles. Natural de Alegrete, Beatriz estava em tratamento contra um câncer de pulmão. Atualmente, era professora titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Escola de Comunicação, Artes e Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), onde lecionava desde 1993.
Na PUCRS, exerceu os cargos de professora, pesquisadora e editora-executiva da Revista Famecos, publicação acadêmica na qual atuava desde 2014. Beatriz também era diretora do Departamento do Interior da Associação Riograndense de Imprensa (ARI). Nascida em 19 de fevereiro de 1960, iniciou sua formação na Escola Divino Coração e no Instituto de Educação Oswaldo Aranha, em Alegrete.
Formada em Jornalismo pela PUCRS em 1982, Beatriz prosseguiu para a Universidade de São Paulo (USP), onde concluiu o mestrado em jornalismo científico e o doutorado em comunicação. Posteriormente, realizou um pós-doutorado na Universidade Fernando Pessoa, em Portugal, algo que ela considerava uma grande conquista pessoal por ser dedicado inteiramente ao jornalismo.
Ao longo de mais de quatro décadas de carreira, Beatriz desempenhou diversos papéis na área. Foi revisora, diagramadora e fundadora de seis jornais de bairro em Porto Alegre. Trabalhou como repórter e setorista em várias áreas, incluindo o jornalismo político em Brasília.
Torcedora do Internacional, Beatriz era integrante do Conselho de Administração da Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional (FECI). Também teve passagem pelo Grupo RBS, onde atuou por 10 anos como repórter no Jornal Pioneiro e no Zero Hora, de 1984 a 1994. Nos anos 1980, foi correspondente da RBS em Brasília e, no início dos anos 1990, da Folha de S. Paulo.
Beatriz publicou 13 livros e conduziu pesquisas sobre temas como a história do jornalismo, representações culturais e identitárias pela mídia, além de comunicação popular e comunitária.
Na manhã de terça, ela passou mal em casa, e a família chamou o socorro. Foi levada ao Hospital Moinhos de Vento, mas não resistiu às paradas cardíacas sofridas no percurso. Beatriz deixa o filho Alexandre, também jornalista, além dos irmãos Ricardo, Marta, Cláudia, Homero e Marcos, sobrinhos e sobrinhas.