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| "CPI do Patrolão" teve novos depoimentos na manhã de terça-feira e no mesmo dia, era destaque na mídia nacional por meio do Jornal O Globo, em reportagem sobre investigações no RS (foto Marcelo Ribeiro/portal Caderno7) |
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de São Gabriel, que investiga supostas irregularidades na contratação de serviços de retroescavadeira pela Prefeitura, apelidada de "CPI do Patrolão", teve novos depoimentos e foi notícia na mídia nacional em uma reportagem do jornal O Globo sobre CPIs que investigam irregularidades nas enchentes.
DEPOIMENTOS E POSSÍVEL PRORROGAÇÃO DA CPI
Arthur de Barros Silva, ex-servidor municipal, e Flávio Ramos Lopes, operador da retroescavadeira, foram ouvidos na manhã de terça-feira (6). Flávio detalhou os locais de uso da máquina, horas trabalhadas e a fiscalização. Arthur, ex-coordenador da Secretaria de Serviços Urbanos, confirmou o acompanhamento do serviço e registrou 349 horas-máquina trabalhadas até 19 de junho.
Os vereadores analisaram uma denúncia recebida via Portal Ouvidoria, alegando que outra empresa contratada pelo município utilizava as mesmas máquinas da BG Terraplanagem. Foi decidido consultar o departamento jurídico sobre a inclusão dessa denúncia na CPI e a possível prorrogação do prazo de investigação. O próximo encontro, para deliberação, está marcado para segunda-feira, 12 de agosto, às 9h, no plenário da Câmara. A entrega do relatório final, inicialmente prevista para essa data, foi adiada.
DESTAQUE NA MÍDIA NACIONAL
A CPI foi destaque na edição de 6 de agosto do Jornal O Globo, que abordou CPIs abertas em São Gabriel e Canoas para investigar contratos emergenciais durante as enchentes de maio. Em São Gabriel, um contrato de R$ 127,8 mil com a empresa BG Terraplanagem chamou a atenção. Fundada dois meses antes, a empresa tem como sócio o ex-prefeito Rossano Dotto Gonçalves (PL), que renunciou em 2022 para se candidatar a deputado federal. O contrato foi assinado pelo atual prefeito Lucas Menezes (União Brasil), sem licitação.
A vereadora Malu Bragança (PDT), relatora da CPI e pré-candidata à prefeitura, classificou o caso como "de polícia". A prefeitura revogou o contrato em julho, alegando "razões de conveniência e oportunidade".
O secretário da Fazenda de São Gabriel, Artur Goularte, defendeu a contratação, alegando que a empresa ofereceu o menor preço e que o vínculo com o ex-prefeito era desconhecido. Rossano Gonçalves negou irregularidades, afirmando que a contratação foi transparente e legal.
Assim, a CPI de São Gabriel já repercute nacionalmente. Para ver a reportagem na íntegra, CLIQUE AQUI.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 07/08/2024 11h28
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