Fiscalização aconteceu no dia 21 de julho, na estrada do Tiaraju e versões foram dadas na comunidade, gerando debate sobre aplicação da lei (foto divulgação/Sintergs) |
Uma operação de fiscalização realizada na sexta-feira, 21 de julho, em São Gabriel, resultou na apreensão de queijos e leite cru transportados por produtores locais. A ação foi conduzida por fiscais estaduais agropecuários em parceria com a Patrulha Ambiental. Posteriormente, a controvérsia surgiu na comunidade gabrielense quando o suplente de vereador Ladislê Teixeira e outros vereadores criticaram a abordagem, alegando "falta de bom senso". O Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do RS (Sintergs) emitiu nota repudiando as acusações e reforçou que a operação seguiu a legislação vigente. As manifestações dividiram opiniões, resultando em um embate público entre as partes envolvidas.
A operação de fiscalização desencadeou uma polêmica na cidade de São Gabriel, após fiscais estaduais agropecuários, em conjunto com a Patrulha Ambiental, apreenderem uma quantidade de queijos e leite cru transportados por produtores na sexta-feira, 21 de julho. A fiscalização seguiu as diretrizes legais, mas os desdobramentos geraram fortes manifestações por parte do suplente de vereador Ladislê Teixeira e outros vereadores locais.
Em suas partes, Ladislê e o vereador José João Barcellos (PL) criticaram a ação realizada pela Inspetoria Veterinária Estadual e a Patrulha Ambiental, que ocorreu na estrada do Tiaraju, durante uma barreira de trânsito no interior do município. Dois fiscais estaduais agropecuários apreenderam e inutilizaram 38 litros de leite cru e 32 queijos sem inspeção em dois veículos. No total, 23 carros foram abordados durante a atividade, que contou com a participação de três policiais da Patrulha Ambiental (Patram) e foi realizada em parceria com a Brigada Militar (BM).
Os produtores da Vista Alegre, que tiveram seus produtos apreendidos, reclamaram da conduta dos fiscais, que supostamente teriam pisoteado os queijos e jogado o leite no chão. Eles também teriam afirmado que não foram orientados sobre como regularizar a produção. O suplente de vereador Ladislê e o vereador JJ se manifestaram nas redes sociais em defesa dos produtores e criticaram a operação. Eles disseram que houve excesso na abordagem dos fiscais e que faltou diálogo e respeito.
SINTERGS REFORÇA QUE LEI DEVE SER SEGUIDA E REPUDIA ACUSAÇÕES
Procurada pela reportagem, a médica veterinária Brunéle Chaves encaminhou o contato do Sintergs, que representa os fiscais e emitiu uma nota de repúdio às agressões verbais que vem sofrendo por parte de um criador de conteúdo digital - referindo-se a Ladislê - que já foi candidato a vereador por três vezes. O sindicato acusou-o de propagar fake news em suas redes sociais e disse que está tomando as medidas legais cabíveis e que as manifestações não procedem.
O sindicato também esclareceu que os produtos não foram pisoteados pelos servidores, mas sim amassados com as mãos para descarte no aterro municipal. O leite foi descartado no local conforme determina a legislação sanitária. Os produtores foram orientados a procurar o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) para regularizar a produção.
A medida se deve em virtude de que o consumo de leite cru pode trazer riscos à saúde, como tuberculose, brucelose, listeriose, salmonelose, entre outras doenças.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 01/08/2023 19h11
Contato da Redação: (55) 996045197 / 991914564
E-mail: blogcadernosete@gmail.com
jornalismo@caderno7.com