Plenária do CPERS e FSP objetivou trazer aos servidores públicos os impactos da reforma do IPE e os prejuízos que ela pode causar ao funcionalismo em geral (fotos Marcelo Ribeiro/portal Caderno7) |
Durante a quarta-feira (17), o CPERS (Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul) e a Frente dos Servidores Públicos (FSP) estiveram em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, para realizar uma reunião com os servidores públicos a respeito da reforma do IPE Saúde, que pode prejudicar o funcionalismo público de maneira geral. A iniciativa busca informar os trabalhadores sobre os detalhes alarmantes do projeto de reforma e alertar a sociedade sobre os prejuízos da proposta.
Ao longo das próximas semanas, serão realizadas plenárias em todo o estado do Rio Grande do Sul, com o intuito de defender o IPE Saúde e buscar a revisão geral dos salários. A programação culminou com uma plenária realizada no final da tarde na Câmara de Vereadores de São Gabriel. Durante o encontro, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, e o diretor do 41⁰ Núcleo, Pedro Moacir Moreira, explanaram para os trabalhadores da cidade os detalhes chocantes do projeto de reforma do IPE Saúde, imposto por Eduardo Leite (PSDB), além de alertarem sobre os prejuízos da proposta.
Plenária aconteceu na Câmara de Vereadores e contou com boa participação de servidores públicos |
Na ocasião, servidores acompanharam atentamente na plenária sobre os prejuízos que a reforma pode causar, com contribuições desiguais e que podem comprometer o salário |
Presidente do 41º Núcleo, Pedro Moreira salienta que é injusto que na reforma, quem ganha mais pode contribuir menos do que os que ganham menos e acabarão pagando mais |
Um dos pontos preocupantes do projeto é o aumento significativo nos descontos mensais dos assegurados da autarquia, o que impacta diretamente o poder aquisitivo e o orçamento familiar dos servidores que utilizam o serviço. A medida poderá deixar desamparados mais de um milhão de gaúchos, aproximadamente 10% da população do estado, que dependem da assistência médica e hospitalar do Instituto. O congelamento salarial é apontado como um fator diretamente ligado ao déficit atual da entidade, tornando urgente o debate sobre a necessidade de um salário digno para os servidores públicos.
"A salvação do IPE Saúde passa pela revisão geral dos salários dos servidores. Nós não teremos condições de arcar com o aumento dos descontos em nossos contracheques nas condições atuais. A categoria está na miséria e endividada, como vai suportar mais essa investida do governo?", questionou Helenir Aguiar Schürer, presidente do CPERS.
Pedro Moacir Moreira, diretor do 41⁰ Núcleo, ressaltou a injustiça do projeto: "Não podemos aceitar que aqueles que ganham menos paguem mais, enquanto os que ganham mais paguem menos, como é o caso do governador, que terá sua contribuição reduzida com a reforma."
A relevância do IPE Saúde para garantir o bem-estar dos servidores públicos foi enfatizada por Miguel Chagas, secretário-geral do Sindicaixa: "Aumentar o desconto da contribuição pode levar ao sucateamento do Instituto e sobrecarregar o SUS, com a migração de trabalhadores que não podem arcar com a autarquia para o Sistema Único de Saúde."
Além dos representantes do CPERS e da FSP, a plenária contou com a participação dos vereadores Írio Rodrigues, Sildo Cabreira (PDT), JJ Barcellos (PL) e Malu Bragança (Patriota), bem como de servidores da educação e segurança pública.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 18/05/2023 09h15
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