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Julio Ritta se recuperou da covid-19 e relatou experiência com o vírus, mas que venceu e retoma à luta pelos mais necessitados (foto arquivo C7) |
Ele disse que teve medo, mas que não iria parar. "Nossa causa é muito maior que o medo e mesmo que eu tivesse perdido essa luta gostaria de ver o projeto mais vivo ainda. Enquanto tiver forças e um pouco de saúde darei minha vida pelos invisíveis", afirmou. Julio relatou a PG que quando deu positivo, temia o pior. "Achava que era possível, sim. Fazia o teste a cada 15 dias, até para preservar quem convive comigo. Quando deu positivo, parecia uma sentença de morte. Sou do grupo de risco, né? Tenho diabetes, e a covid-19 mata gente no mundo todo. Pensei: vou morrer", acrescentando que era possível pegar, por conta de estar na rua, mas fazia testes e tomava todas as medidas e cuidados.
Sobre os sintomas, a sensação é de que o "vírus andava dentro de mim", relatando que parecia uma formiga circulando pela garganta e pulmão. "Nunca vi nada igual. Os três primeiros dias foram horríveis, eu mal levantava. Um calorão, febre, dor nas juntas, perda de olfato e paladar, calafrios na cabeça... Esses calafrios eram uma coisa bizarra. Mas o pior era a sensação de algo caminhando no organismo", relatando que a namorada e o sobrinho também pegaram o vírus e tiveram os mesmos sintomas. Para o tratamento, ele disse que os médicos receitaram um coquetel, com ivermectina, azitromicina, prednisona, AAS e vitamina D. Mesmo assim, os Cozinheiros do Bem seguiram na ativa, repassando doações para outras instituições.
Finalizando, Julio Ritta deixou um recado de que não tem como se policiar o tempo todo, mas o negócio é se expor o mínimo possível. Ele recebeu várias mensagens de força e votos de recuperação e agora, nosso lutador está de volta para ajudar a quem precisa nas ruas de Porto Alegre.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 20/07/2020 21h34
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