Tarso afirmou que não tinha sido a primeira vez que recebeu o convite, mas que este veio por ocasião da visita de Nabhan para averiguar irregularidades em assentamentos de São Gabriel e no Estado, o que foi trazido a público em reportagem do programa Fantástico na última semana. "Ele queria alguém competente e que conhecesse o agronegócio gaúcho para desempenhar o cargo, os problemas agrários, culturais e fundiários que vivenciamos e também fosse competente e eficiente", frisou. O novo convite veio à tona por conta da recente visita de Nabhan, após receber estas denúncias de pequenos produtores que teriam sido ameaçados por assentados que estavam fazendo arrendamento de lotes.
No que o Secretário veio, Tarso foi sondado novamente e não teve como escapar. "O vice-ministro fez sua primeira visita ao Estado por aqui em São Gabriel e ao mesmo tempo em que colheu as denúncias e conversou com produtores, autoridades e assentados, nos chamou para este desafio. O que afirmamos é que vamos destinar terra para quem produza de verdade, sem necessidade de conflito ou radicalismos, vamos agir com coerência mas deixamos claro que terra somente para quem trabalhar e produzir", destacou. O foco será fiscalizar e destinar lotes para quem realmente produzir; quem não se encaixar nisso, perderá estes benefícios.
Ele salienta que será um desafio regularizar a questão fundiária no Brasil, que está permeada de problemas e irregularidades, como lotes que foram entregues para pessoas que seriam vocacionadas "foram usadas para arrendamento ou turismo", dizendo ainda que sua indicação por Nabhan Garcia foi enfática junto ao Presidente da República, Jair Bolsonaro e ao Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Ele deixa claro que "não é e nunca foi político" e que vai fazer um trabalho imparcial. "Não sou político e nunca fui, sou classista, defendo o agronegócio e o associativismo rural, que não tem que fazer adesão e muito menos oposição a partidos políticos. Defenderemos o agronegócio, estado de direito democrático e o direito à propriedade", asseverou.
Tarso salienta que desde que seu convite foi tornado público, ele vem recebendo apoio de várias entidades de classe do setor agrícola, como a própria Farsul e a CNA. "Temos recebido todo o suporte das entidades do agronegócio e também de lideranças. Isso nos orgulha e deixa ciente de nossa responsabilidade", finalizando que ele fará um trabalho correto à frente da Superintendência do Incra no RS.
"Não farei terrorismo político, vou agir com parcimônia e coerência, sem radicalismo, nem viés político ou ideológico, isso é coisa de pessoas com pouca inteligência. Minha vida foi pautada com honestidade e assim será", finaliza. Ele informou ainda que com a assunção ao cargo, um dos vices assumirá a Presidência do Sindicato Rural, a cargo de Marco Aurélio Cunha ou Paulo Lederes.
Breve histórico
Tarso Francisco Pires Teixeira nasceu em 17 de outubro de 1951 na cidade de São Sepé, formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Pelotas, é produtor rural, técnico aposentado da Secretaria de Agricultura do Estado, além de ter ocupado vários cargos de liderança na Farsul, Senar e Sebrae, liderou várias mobilizações em defesa do direito de propriedade, o estado democrático de Direito e uma visão de reforma agrária que respeite o Direito de Propriedade. É presidente do Sindicato Rural de São Gabriel desde 2003 e desde 2006, vice-presidente da Farsul, entre tantos serviços prestados ao agronegócio regional e gaúcho.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 03/07/2019 18h12
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