Dagoberto Focaccia morreu nesta madrugada aos 81 anos, em sua casa (foto arquivo C7) |
Dagoberto, nascido em Pelotas em 7 de maio de 1937, filho de Matheus e Rosinha Focaccia, se mudou para São Gabriel com os pais mais tarde, onde estabeleceu morada e vida profissional. Mesmo se formando em Direito, foi no rádio que se realizou. Começou a carreira de locutor em 1948, na antiga Agência Gaúcha de Publicidade (AGP), que funcionava na Praça Dr. Fernando Abbott. De lá, ele começou a trajetória no rádio com a Rádio São Gabriel, de onde só saiu para cursar Direito na Universidade Federal de Pelotas.
E mesmo assim, ele não deixou os microfones. Ele integrou o quadro de locutores esportivos da Rádio Cultura e após se formar em 1960, retornou para São Gabriel e para a Rádio São Gabriel, onde além das transmissões esportivas, foi consagrado com os programas "Vesperal da Alegria" e "Show da Noite", mais programas esportivos e carnavalescos. Criou bordões consagrados como "no ping do pong, no pong do ping, eu quero te fazer feliz", assim como quando informava a previsão do tempo, falava dos "memês" de chuva (milímetros), entre outros.
Em 1982, deu um passo importante ao fundar a Rádio Batovi, onde também era locutor e apresentava o tradicional "Chasque da Amizade", programa de avisos veiculado entre meio-dia e 13h. Também assinava a coluna "As 10 Mais", que era veiculada em jornais da cidade e ele fazia o comentário dos fatos da cidade com seu toque pessoal.
Tinha intensa participação na sociedade local, onde foi ligado à várias entidades sociais, como o Lions Clube São Gabriel, Clube Comercial, entre outras entidades sociais, assim como no esporte, como o Gráfico F.C., da Associação São Gabriel de Futebol e dos Conselhos Deliberativos da S.E.R. São Gabriel e G.E. Gabrielense, além do Esporte Clube São Gabriel. Em 1975 concorreu a presidência da Federação Gaúcha de Futebol, enfrentando nada mais, nada menos do que o poderoso Rubens Freire Hoffmeister.
Foi homenageado várias vezes em vida de várias formas. Em duas ocasiões, ele foi homenageado no Carnaval pela Escola de Samba Império da Zona Norte e pelo Bloco da Geni, onde a primeira foi campeã nas escolas com o enredo "A era das comunicações. De lá pra cá tudo mudou, daqui pra lá, como será que vai ficar?", de Jukinha do Império e Marcel da Cohab, que também compôs o samba do Bloco da Geni.
Por duas vezes, ele teve problemas de saúde graves, mas conseguindo se recuperar. Dagô ou Dago-Dago era atuante também no agronegócio e na advocacia. Era devoto da santa popular dos gabrielenses, Maria Isabel Hornos, Guapa, sendo seu fervoroso propagador e defensor. E falando em homenagem, ele também realizava a tradicional festa das "Dez Mais" ou "Mais-Mais", no começo do inverno, onde premiava os destaques em vários segmentos da comunidade gabrielense.
Deixa a esposa Anna Maria, os filhos André, Anna Marta e Ana Rita e os netos Theodoro, Tomás e Benício, além de uma legião de fãs, amigos e admiradores, além dos "amores do rádio" como ele dizia. À família, nossos mais sinceros sentimentos por esta perda.
* Todas as informações foram extraídas do blog "Viva São Gabriel" do jornalista Nilo Dias, que era amigo de Dagoberto, onde agradecemos e reforçamos as informações.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 17/07/2018 08h54
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Ficaram muitas saudades desta amável pessoal que era o Dr. Dagoberto. Perde muito São Gabriel, o nosso Suspiro e a rádio Batovi (paixão da sua vida). Mesmo morando longe de São Gabriel, sempre que possível procura ouvir pela internet o seu programa Chasque da Amizade. Ficam na lembrança aquela voz querida e admirada, com seus comentários alegres. Descanse em paz querido amigo.
ResponderExcluirAlexandre Viedo Rodrigues
São Bento do Sul/SC