Tarso Francisco Pires Teixeira
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel
Vice Presidente da Farsul
Todo ano de eleições é a mesma coisa: na busca de seduzir o eleitorado, políticos profissionais lançam projetos feitos sob medida para atrair controvérsia, com a desculpa clássica de “abrir o debate”. Neste viés, vem o projeto de lei que pretende instituir o “Dia Sem Carne nas Escolas do Rio Grande do Sul”, de autoria da deputada Regina Becker Fortunati (REDE), a mesma que lutou contra a exportação de gado vivo do Rio Grande do Sul para a Turquia no ano passado, um negócio que injetou milhões de dólares no país, salvando o ano da pecuária gaúcha.
Evidentemente, na defesa desta e outras panacéias, Sua Excelência a Deputada não gosta de argumentos financeiros, e prefere apelar aos bons sentimentos. Militante vegetariana, a deputada diz que as crianças precisam ser alertadas sobre a “crueldade” do consumo de carne, do “sacrifício” imposto aos animais, e que o fato de eles perderem suas vidas para nos alimentar, é uma ofensa moral insanável.
Entretanto, se levarmos em conta o bem-estar da população, os fatos não estão a favor da deputada. Desde o advento do Plano Real, em 1994, o consumo de carne aumentou exponencialmente no Brasil, e o período coincide com um ciclo de aperfeiçoamento tecnológico da pecuária brasileira. Carne de bovinos, aves, frangos e suínos passaram a fazer parte de forma mais substancial da dieta da população mais pobre. O grande salto se deu de 1995 a 1996, com um aumento de 33% no consumo, segundo o IBGE. Dados da OECD mostram que em 2000 o consumo médio por habitante era de 24,50kg ao ano e em 2017 passou a 26,47kg ao ano, um crescimento em torno de 8,0% no período. Com mais renda e acesso à carne, a saúde e a expectativa de vida do brasileiro melhoraram muito em duas décadas.
É de qualidade de vida que falamos quando a deputada propagandeia a exclusão da carne da dieta das crianças, muitas das quais só conseguem fazer uma alimentação decente dentro das escolas fundamentais. Em vez de impor mais este encargo á nossa tão maltratada escola pública, a deputada, como professora que é, deveria estar lutando pela privatização de sucatas gaúchas, como CEEE e Sulgás, para que o Estado volte a pagar com dignidade os professores. Mas ela prefere usar as crianças gaúchas para difusão de sua ideologia regressista.
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel
Vice Presidente da Farsul
Todo ano de eleições é a mesma coisa: na busca de seduzir o eleitorado, políticos profissionais lançam projetos feitos sob medida para atrair controvérsia, com a desculpa clássica de “abrir o debate”. Neste viés, vem o projeto de lei que pretende instituir o “Dia Sem Carne nas Escolas do Rio Grande do Sul”, de autoria da deputada Regina Becker Fortunati (REDE), a mesma que lutou contra a exportação de gado vivo do Rio Grande do Sul para a Turquia no ano passado, um negócio que injetou milhões de dólares no país, salvando o ano da pecuária gaúcha.
Evidentemente, na defesa desta e outras panacéias, Sua Excelência a Deputada não gosta de argumentos financeiros, e prefere apelar aos bons sentimentos. Militante vegetariana, a deputada diz que as crianças precisam ser alertadas sobre a “crueldade” do consumo de carne, do “sacrifício” imposto aos animais, e que o fato de eles perderem suas vidas para nos alimentar, é uma ofensa moral insanável.
Entretanto, se levarmos em conta o bem-estar da população, os fatos não estão a favor da deputada. Desde o advento do Plano Real, em 1994, o consumo de carne aumentou exponencialmente no Brasil, e o período coincide com um ciclo de aperfeiçoamento tecnológico da pecuária brasileira. Carne de bovinos, aves, frangos e suínos passaram a fazer parte de forma mais substancial da dieta da população mais pobre. O grande salto se deu de 1995 a 1996, com um aumento de 33% no consumo, segundo o IBGE. Dados da OECD mostram que em 2000 o consumo médio por habitante era de 24,50kg ao ano e em 2017 passou a 26,47kg ao ano, um crescimento em torno de 8,0% no período. Com mais renda e acesso à carne, a saúde e a expectativa de vida do brasileiro melhoraram muito em duas décadas.
É de qualidade de vida que falamos quando a deputada propagandeia a exclusão da carne da dieta das crianças, muitas das quais só conseguem fazer uma alimentação decente dentro das escolas fundamentais. Em vez de impor mais este encargo á nossa tão maltratada escola pública, a deputada, como professora que é, deveria estar lutando pela privatização de sucatas gaúchas, como CEEE e Sulgás, para que o Estado volte a pagar com dignidade os professores. Mas ela prefere usar as crianças gaúchas para difusão de sua ideologia regressista.