Uma operação está sendo deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (21), para desarticular o que seria uma quadrilha especializada em fraudar licitações de transporte escolar no Rio Grande do Sul, pela Polícia Federal. A operação da PF ocorre em Alegrete, Rosário do Sul, Santana do Livramento, São Gabriel, Rosário do Sul e Uruguaiana, na Fronteira Oeste, e em Dom Pedrito, na Campanha. A operação tem o nome de "Laranja Mecânica". Sedes falsas de empresas fantasmas para fraudar licitações foram descobertas, segundo a Polícia Federal, em São Gabriel e Rosário do Sul.
Segundo a assessoria de comunicação da PF, cerca de 150 policiais federais e seis auditores da Controladoria-Geral da União estão cumprindo 36 mandados de busca e apreensão, cinco de prisão temporária e quatro ordens judiciais de afastamento das funções públicas. Uma prisão já ocorreu agora de manhã em Santana do Livramento e visitas foram feitas em São Gabriel nas primeiras horas da manhã.
A investigação começou em setembro de 2016 para apurar um suposto conluio entre empresários para fraudar licitações de transporte escolar nos municípios de Santana do Livramento e Dom Pedrito. O trato dos empresários definia as empresas que ficariam responsáveis para cada rota de alunos, fazendo com que todas elas conseguissem contratos nas cidades.
Além das fraudes, os agentes identificaram que era comum os serviços licitados pelas Prefeituras não serem prestados. Para isso, de acordo com a PF, o esquema acertou com diretores de escolas para atestar falsamente que o transporte estava sendo prestado. Em troca, eles ganhavam caronas, viagens, festas e dinheiro. O vereador de Livramento, Lídio Mendes, conhecido como "Melado", segundo a PF, solicitou e recebeu vantagem indevida de empresário para interceder junto à Prefeitura local em procedimentos de fiscalização que a prestadora do serviço vinha sofrendo. Ele foi preso na Câmara de Vereadores.
O nome da operação foi escolhido por que as vans de transporte na região tem a cor laranja. Os crimes apurados são fraude a licitação, estelionato, falsidade ideológica, corrupção ativa, organização criminosa e ameaça. Estamos tentando falar com o Delegado Regional Alessandro Maciel Lopes a respeito do caso, ainda hoje.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 21/11/2017 09h51
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