Placa que denomina pista de julgamentos como Myrta Luza Dias Rieth foi descerrada neste sábado. Clima de forte emoção marcou a homenagem à saudosa personalidade |
Em um momento de forte emoção, mais de um ano após sua despedida prematura, o Sindicato Rural de São Gabriel reverenciou neste sábado (17) à tarde, a memória da professora e produtora rural Myrta Luza Dias Rieth. A pista de julgamentos da morfologia equina, bovinos e ovinos passa a levar seu nome e a inauguração aconteceu na tarde deste sábado, com a presença de familiares, amigos e produtores presentes.
A homenagem era prevista para a 81ª Expofeira, mas as chuvas acabaram transferindo-a. A ausência de Myrta é muito sentida pela comunidade, por sua dedicação com o agronegócio e a cultura local e regional, por meio de suas obras literárias. O Presidente do Sindicato Rural, Tarso Teixeira, quase não conseguiu se pronunciar devido à emoção. Ele lembrou a colaboração que Myrta deu para o agronegócio local, principalmente na presidência do Núcleo Gabrielense de Criadores de Cavalos Crioulos (NGCCC), onde reorganizou o setor no município.
Em nome da família, Jorge Borges agradeceu e lembrou a dedicação de Myrta para a cultura e o agronegócio. O sobrinho da homenageada, Jorginho Dias, interpretou a música "Mulher Pampeana", composta em homenagem a ela. Logo após, foi descerrada a placa que oficializa a denominação da pista de julgamento morfológico, juntamente com familiares e o presidente do NGCCC, Daniel Teixeira.
A placa traz os seguintes dizeres: "Homenagem do Sindicato Rural de São Gabriel ao brilhantismo e dedicação de uma notável líder rural e ativista do campo que exerceu com excelência o comando do Núcleo Gabrielense de Criadores de Cavalos Crioulos e imortalizou em seus livros a arte, cultura e história do campo e sua gente", descrição que também foi entregue aos familiares.
Saiba mais
Myrta Luza se destacou como incentivadora da criação de cavalos crioulos. Foi ativa militante do Núcleo Gabrielense de Criadores de Cavalo Crioulo (NGCCC), e em seu mandato na presidência, trouxe para São Gabriel uma etapa classificatória do Freio de Ouro. Como artista plástica, foi professora de escolas municipais, Coordenadora do Curso de Artes Plásticas da Universidade da Região da Campanha (Urcamp) e também da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).
Seu amor ao campo e às artes plásticas, está presente nos livros que escreveu: “Estâncias Históricas e Antigas de São Gabriel”, “Casarões – História e Arquitetura de São Gabriel” e “Estâncias Históricas e Antigas de São Gabriel e Santa Margarida do Sul”, todos pela Editora Alcance. Em suas obras, Myrta registrou a riqueza estética de casarões urbanos e rurais, retratando a pujança do agronegócio na história da região.