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25 setembro 2015

Coluna do Alexandre Cruz

Alexandre Cruz
Colunista do blog

Democracia brasileira ainda é de baixa qualidade
Qual é o legado da ditadura militar entre nós? Esta pergunta busca projetar o futuro da morte do regime ditatorial que se impôs e nos governou por 21 anos.  Nas manifestações ocorridas recentemente, ficou demonstrado que ainda existem milhares de nostálgicos da ditadura, mas são irrelevantes porque estão em via de extinção. Então, não é de estranhar que a negação do diálogo, a exigência à submissão e a passividade absoluta são efetivamente a herança da ditadura. Não surpreende que algumas das atitudes de submissão, respeito excessivo à autoridade e à indiferença estão coladas em alguns setores da população. Portanto, se pode permitir ter essa impressão de que uma herança indireta do regime militar se deva a essa certa falta de qualidade da democracia brasileira, onde a diferença se transforma facilmente em bronca e os conflitos em enfrentamentos tribais, com escasso espaço para o debate entre pessoas de espírito livre.


Podemos falar do regime militar sociológico para referir-se à base social sobre a qual que se assentou o regime. Deveria diferenciar entre os ditadores militares o regime sociológico em ativo e passivo. O ativo, evidentemente, constituía os ganhadores do golpe, que optaram pelo bando dos generais.  Esse grupo está em maior parte integrado politicamente no sistema pelo PP, DEM. O passivo é um amplo setor de cidadãos que, sem entusiasmo ideológico, optaram pela indiferença para sobreviver, para adaptar-se à situação e ir ganhando espaços na vida cotidiana.

Aplicando o princípio de não se meter na política porque só pode atrair problemas, e esses hábitos de submissão de poder, do medo em falar e da desconfiança na política, quando se instalam, não são fáceis de erradicar. É certo que ao fim do regime militar nesse país, quase ninguém tinha experiência da democracia. Tampouco a oposição clandestina, porque não é o mesmo a resistência na política democrática. Sem dúvida, o PT, em 2002, chegou ao poder com uma boa quantidade de votos e uma autoridade moral sem precedentes e teve a grande oportunidade de dotar esse país de uma verdadeira qualidade democrática. E não o fez. Se pode pensar que a novidade de governar resbalou nas mãos por sua total falta de experiência.

E se pode pensar também que, como todo governante, preferiu a comodidade de uma população disposta a servir a uma cidadania demasiada mobilizada. Em qualquer caso, a democracia brasileira, deu no seu primeiro tempo, lideranças fortes e difíceis de desalojar, como de Lula e Fernando Henrique Cardoso, como se a população todavia tivesse hábitos de caudilhagem e um temor excessivo ao poder. Foram necessários alguns anos para que existisse uma liderança sem rasgos fortes como a de Dilma Rousseff.

Temos uma direita que não está sintonizada com os desafios deste gigante país sul-americano. Todavia mistura a política com a religião. Não separa. Desconhece o que significa Estado laico. A grandeza de um país está na qualidade do que faz. O grave é que não exista tabus e sim que o povo tenha medo de desafiar. Vivemos há 30 anos com democracia, com uma qualidade democrática que segue limitada. E a essa altura do campeonato, já não é culpa da ditadura militar.




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