João Pedro Lemos
Colunista do blog
Na hora do voto o serviço prestado é tudo
Campanha política começando bem devagar e os nomes e propostas já se apresentando. Sempre pergunto além da proposta, quais os serviços prestados até então, principalmente se busca reeleição? Pois bem o candidato se conhece não pela fala, mas pelo trato, conduta e pelo seu histórico. Tenho notado que as pessoas estão definindo sua escolha muito mais por isso do que pelas questões partidárias. É por isso que a Democracia brasileira cria espaço para as mais variadas idéias de entender e tratar a sociedade em termos de gestão.
Esquerda, direita, centro, tudo isso é muito relativo quando se trata de gestão porque o Brasil tem leis bem claras em relação as ações político-administrativo, talvez falte um pouco no seu efetivo cumprimento, mas tende a estar assegurado.
A questão ideológica da política brasileira está se distanciando da realidade, quem diria que uma gestão da esquerda viesse a ser marcada pela corrupção? E quem diria que uma gestão de direita viesse desenvolver programas sociais? Pois é por essa razão que a escolha do brasileiro está seguindo o caminho dos serviços prestados e não pela ideologia. É assim que podemos definir atualmente a política brasileira e seu perfil. Temos que avançar para a coerência das ações, para então viabilizarmos uma eleição verdadeiramente ideológica, longe do favoritismo e outras questões.
Venho falando nisso há algum tempo porque a Democracia brasileira está longe da sua essência e efetivação de fato, mas que ao menos as pessoas venham a fazer suas escolhas pelos serviços prestados. Um dia vamos chegar lá!
O Plano Real mudou a História
Pois está em debate a volta da inflação e o aumento do Poder Aquisitivo do brasileiro. Muita gente acredita que essas conquistas devem-se a gestão atual do país, mas estão totalmente enganados. O aumento do Poder aquisitivo do brasileiro começou em 1994 com a implantação do Plano Real que começou com o Governo de Itamar Franco e seguiu com Fernando Henrique Cardoso do PSDB. Hoje todos se fala muito do Poder Aquisitivo do Brasileiro, Programas Sociais como os “Bolsas” que na verdade começaram como combate a pobreza lá atrás.
Um artigo com o titulo “Brasil despeja R$ 50 bilhões por ano no ralo da corrupção” em que a FIESP levanta a questão no Portal da PUC chega a assustar, leia nesse endereço: http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/Jornal/Pais/Brasil-despeja-R$-50-bilhoes-por-ano-no-ralo-da-corrupcao-12582.html#.U4NkI3JdWik
Referi-me o assunto porque numa avaliação mais detalhada isso mostra que a volta da inflação acontece exatamente numa das ações que contrariam o Plano Real, que seria justamente a redução das despesas públicas. Vamos lembrar:
O PLANO REAL foi um programa definitivo de combate a hiperinflação implantado em 3 etapas,10 a saber:
* Período de equilíbrio das contas públicas, com redução de despesas e aumento de receitas, e isto teria ocorrido nos anos de 1993 e 1994; Criação da URV para preservar o poder de compra da massa salarial, evitando medidas de choque como confisco de poupança e quebra de contratos; Lançamento do padrão monetário de nome Real, utilizado até os dias atuais.
* Após a implantação do plano, durante mais de seis anos, uma grande seqüência de reformas estruturais e de gestão pública foram implantadas para dar sustentação à estabilidade econômica, entre elas destacam-se: Privatização de vários setores estatais, o Proer, a criação de agências reguladoras, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a liquidação ou venda da maioria dos bancos pertencentes aos governos dos estados, a total renegociação das dívidas de estados e municípios com critérios rigorosos (dívida pública), maior abertura comercial com o exterior, entre outras. Por isso hoje você desfruta de tantas coisas boas.
* A volta da inflação deve-se exatamente a tudo que contraria isso. Porque ser contra a privatização? Porque no fundo a não privatização significa mais cabide de emprego e favorecimento político, menos resultado e eficiência dos serviços. Toda essa ineficiência vai contra uma economia equilibrada a estável proposta pelo Plano Real, que viabilizou o Brasil que você vive hoje.