Bagé - A Comissão Especial da Faixa de Fronteira deve se constituir num espaço para o debate propositivo que aponte os principais problemas que impedem o pleno desenvolvimento da região e não um lugar para discursos. A opinião do relator da comissão, deputado Luiz Fernando Mainardi foi externada na primeira audiência pública, realizada na manhã desta sexta-feira (6), na Câmara de Vereadores de Bagé.
Na opinião do parlamentar, a fronteira é diferente de todas as demais regiões. “É aqui que começa ou que termina o nosso país”, explicou Mainardi, dizendo que muitos dos gargalos existem em função da localização geográfica. “Fomos preparados para a guerra, para a defesa do País, por isso e pelo fato de só podermos vender para um lado, já que do outro lado há outro País, não temos indústrias de transformação, não agregamos valor à nossa produção primária, temos poucos empregos”, exemplificou.
Mainardi antecipou que o relatório final vai contemplar todas as contribuições apontadas na série de audiências públicas, na perspectiva de se transformar num documento orientador de ações que oriente não só as três esferas de governos, mas também a iniciativa privada.
A Comissão promove, na próxima sexta-feira, em Porto Xavier, às 9h, e em São Borja, às 15h30min, mais duas audiências públicas.