![]() |
Vereadores vistoriaram a Farmácia Básica, mas depois de muita confusão (foto divulgação) |
Uma visita dos vereadores Karen Lannes (PSB) e Paulo Sérgio Barros (PDT) a Farmácia Básica do município, situada na Central Básica de Saúde Brandão Júnior, quase virou um caso de polícia e é a polêmica do momento na comunidade. Os vereadores foram verificar a falta de medicamentos na unidade e ao chegarem no local, a Polícia Civil e a Brigada Militar foram acionadas, em um incidente que está gerando muitas contradições. O Chefe de Gabinete do Executivo, Luis Pires, afirmou que as forças de segurança foram acionadas por que segundo ele, um dos vereadores "chutou a porta" da Farmácia.
A vereadora informou à reportagem que a visita foi simplesmente para verificar a situação do estoque de medicamentos da Farmácia Popular, dado o alto número de reclamações da falta de remédios para a comunidade, para constatar a falta deles. "Nós simplesmente chegamos por lá, conversamos normalmente com os funcionários para ver a situação e eles foram pedir autorização da Chefia de Gabinete, visto que o Secretário Daniel Ferrony e nem os assessores estavam lá. Para nossa surpresa, a Polícia Civil e a Brigada Militar chegaram lá avisados de que tinha ocorrido uma confusão, o que não é verdade e tinham ordem do Luis Pires para não deixar a gente entrar na sala", salientou ela, que afirmou ainda que a Lei Orgânica, artigo 13, prevê que o vereador pode adentrar e fiscalizar em qualquer repartição pública sem aviso prévio.
A situação foi vista de forma incrédula pelos vereadores. "As câmeras podem comprovar que nada do que foi afirmado aconteceu", afirmou o vereador Paulo Sérgio. A vereadora Karen afirmou que os policiais, saíram constrangidos pelo fato da questão não ter sido a violência alegada na chamada. A visita foi concluída com a presença dos Secretários Ricardo Gomes, de Administração e Ivel Xarão, de Compras, que foram até o local.
O que diz a Prefeitura?
Em conversa com o Chefe de Gabinete, Luis Pires, no final da tarde de quarta, ele afirmou que a situação foi provocada pelos vereadores, que deixaram os funcionários tensos pelos fatos que teriam ocorrido, de acordo com o afirmado por ele. "Os funcionários estavam tensos pelo escândalo que foi provocado pelos vereadores, inclusive relatando que a porta da Farmácia foi chutada", afirmando que foi pedida a força policial por conta disso. "Inclusive o Delegado Jader estava em visita ao Gabinete, e solicitamos que enviasse a Polícia para lá", afirmou.
Pires afirmou que os vereadores agiram errado, aproveitando-se da ausência do Secretário. "O Secretário Daniel estava inclusive, licenciado por motivos de luto, e os vereadores não tiveram o bom senso de solicitar ao Secretário ou a nós que pudéssemos autorizar a visita", afirmando que qualquer cidadão pode ir às repartições, desde que solicite por escrito. Ele concluiu dizendo que ao invés de "ajudar o município", a vereadora Karen prefere tumultuar, o que tem "sido marca de seu mandato", finalizou.
A questão pode não terminar por aí. Há uma informação de que a Câmara de Vereadores pode entrar com uma representação contra a Prefeitura, alegando constrangimento público. Mais uma polêmica na política gabrielense.
E-mail: blogcadernosete@gmail.com