Marcel da COHAB
Colunista do blog
Sempre fui uma criança que gostava de ver esportes na TV. Não só o futebol, mas o boxe, basquete, vôlei e a fórmula 1. Aquele 1 de maio de 1994, um domingo, estávamos sem luz na cidade, por boa parte do dia. Não vimos a última corrida de Ayrton Senna. Talvez Senna tenha sido o segundo maior esportista do País, atrás do Pelé, mas como pessoa, creio que é o maior. Um cara que ajudava aos outros, aos colegas, crianças, não criava polêmicas e brigava por sua categoria, o automobilismo.
Senna: 19 anos em que a torcida brasileira morreu. Com sua morte, o orgulho pelo país foi junto. |
Talvez essa seja a maior tragédia em nosso esporte, mesmo que o País do futebol sempre lembre do "Maracanazzo" de 1950 e da "Tragédia de Sarriá" em 1982. As "tragédias" futebolísticas ficaram na história, mas a de 1o. de maio de 1994, tirou uma vida, nos tirou um ídolo, tirou a graça do esporte e o talento de um gênio, o maior piloto de todos os tempos, em tempos de Prost, Mansell, Piquett, Patrese e outros monstros sagrados. Hoje a F1 está equilibrada, mas o nivelamento é por baixo.
Valia a pena acordar cedo domingo, valia a pena ficar até de madrugada. Valia a pena torcer.
Senna morreu em Ímola no domingo, mas já na sexta um outro piloto morrera em um treino e Senna questionava as condições de segurança da F1, tendo liderado uma rebelião dos pilotos.
Tentei ver fórmula 1 depois mas faltava a vontade de torcer e faltava o talento.
Há 19 anos morreu um brasileiro, um ídolo, um gênio, um mito, um jeito de torcer com o coração.
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