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03 abril 2013

Opinião: Carga Pesada

Tarso Francisco Pires Teixeira
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel
Vice Presidente da Farsul  

O Brasil atingiu neste ano de 2013 uma das maiores safras de sua história, graças à competitividade do produtor rural brasileiro. No entanto, o que deveria ser motivo de celebração acabou revelando outro grande problema. Por todo o país, filas intermináveis de caminhões em estradas precárias, dirigindo-se a portos sobrecarregados, onde navios chegam a esperar mais de 30 dias para o desembarque. Uma deficiência logística que estrangula a capacidade de crescimento do país e joga pela janela milhares de empregos.


A desorganização da logística já começa na estrutura do Governo Federal, responsável primário por sua gestão. Não há uma única pasta concentrando investimentos e prioridades na logística. Além do Ministério dos Transportes, de maior orçamento, existem também as secretarias dos Portos e da Aviação Civil, ambas ligadas diretamente à Presidência da República e com status de ministério, o que dificulta uma competente articulação das ações e investimentos. Consultor do governo Dilma para assuntos de gestão, o empresário gaúcho Jorge Gerdau já declarou que seria melhor trabalhar com menos ministérios, mas daí como aplacar a sede dos partidos em um ano pré-eleitoral?

Foi em nome desta necessidade política que Dilma, mais uma vez, “foi às compras”, e retirou do ministério dos Transportes um técnico de sua preferência, Paulo Sérgio Passos, entregando a pasta a César Borges, ex-governador baiano forjado no antigo PFL de Antônio Carlos Magalhães, mas que hoje pertence ao PR, por não saber viver longe dos benefícios de ser governo. Ao fazer esta troca, Dilma passou pelo constrangimento de negociar o nome do novo ministro com um antigo ocupante da pasta, Alfredo Nascimento, presidente do PR, varrido do ministério por denúncias de irregularidades. O mesmo aconteceu recentemente no ministério do Trabalho, onde Dilma retirou Brizola Neto substituindo-o por Manoel Dias, homem de confiança do presidente do PDT Carlos Lupi, também exonerado por trapalhadas semelhantes.

A presidente Dilma já fez sua opção: prefere perder a reputação de boa gestora a perder alianças políticas, embora não corra grandes riscos de perder eleições com o tipo de oposição que há no Brasil. Enquanto isso, as safras seguem estranguladas em rodovias precárias, portos arcaicos e um sistema que simplesmente não funciona, causando prejuízos infindáveis ao país.  Ao cidadão brasileiro, que carrega durante meses a maior carga tributária do continente, restará também esta carga pesada de estrutura deficiente, num país onde o ministério dos Transportes é mais interessante como moeda de troca que como articulação de política pública.


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