Mais de 300 manifestantes - formados por funcionários do hospital - foram até a Prefeitura pedir a sensibilidade do Prefeito Antonello, na questão que é delicada na região |
Rosário do Sul - A novela envolvendo a situação do Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora, de Rosário, ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (16), com a realização de um protesto por parte dos funcionários da instituição de saúde, com a participação do Sindisaúde local e de São Gabriel, mais representantes da Federação dos Servidores da Saúde (FESSERS), além de uma manifestação do movimento chamado "Primavera Rosariense". O clima ficou tenso no encontro do Prefeito Luiz Antonello com os manifestantes, em frente à sede do Governo Municipal, na Praça Borges de Medeiros. Eles pedem a normalização dos repasses para o Hospital, que era de R$ 261 mil e foi reduzida para R$ 100 mil por conta das dificuldades financeiras.
Caminhada percorreu Voluntários da Pátria, saindo do Hospital... |
...até chegar na Praça Borges de Medeiros, em frente à Prefeitura rosariense |
"A Federação apoia a causa do hospital. Mesmo tendo recursos da contratualização, o convênio é necessário. Sabemos que o hospital também passa por problemas financeiros, como não-recolhimento de FGTS, INSS e débitos com a Corsan e AES Sul, e também pedimos que a Prefeitura então, acompanhe a gestão da instituição de saúde", frisou o dirigente.
Antonello (de branco) foi conversar com os funcionários, mas encontro foi tenso, com reclamações e acusações |
Discussão entre sindicalistas e populares quase acabou em briga na frente da Prefeitura |
Um princípio de discussão entre sindicalistas, vereadores - que foram tentar acalmar os ânimos - ocorreu, tornando mais tenso o ambiente. A situação foi contornada após conversa do Presidente do Legislativo, Adriano Dornelles (Democratas), que garantiu a votação do projeto na próxima semana. No Gabinete do Prefeito, Antonello e Dornelles acertaram para resolver esta questão primeiramente, para que possa sanar os problemas o quanto antes. O presidente da OAB Subseção de Rosário do Sul, Aristides de Pietro Neto, pediu sensibilidade ao Prefeito no caso. "Apenas queremos uma solução pacífica, a comunidade não pode pagar por isso", frisou.
Segundo o Diário de Santa Maria, no PA, são 10 médicos, uma enfermeira e dois assistentes de enfermagem mantidos pelo Executivo, que investe R$ 100 mil mensais no pagamento dos profissionais. O Executivo repassava, mensalmente, R$ 237 mil à instituição. O hospital conta com 101 leitos, sendo oito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os médicos ameaçam paralisar as atividades a partir do dia 22 de abril.
O projeto de uma suplementação por seis meses está na Câmara de Vereadores rosariense, e deverá ser votado imediatamente na segunda-feira. A briga, segundo fontes, vai além da questão dos repasses - com forte suspeita de questão política. É a queda-de-braço que deixa a região apreensiva.
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