Colunista do blog
1. Leio que a vereadora Karen Lannes, mediante pedido de informações, obteve a informação oficial de que o Carnaval de Rua de São Gabriel, em 2013, custou aos cofres públicos a exata quantia de R$ 71.839,30 (por 3 noites). Para quem estava em moratória por 180 dias, bem assim ainda em choque pela tragédia da boate Kiss, até que cidade gastou um bom dinheiro, não é? Festa popular é muito bom pra quem precisa de “banho de povo”, nem que tenha de mandar às favas o decoro que o cargo exige. O pessoal que levou o calote por 180 dias certamente achou lindo o alcaide atracado em alguns dos cartazes escatológicos e pouco eruditos lá existentes...
2. E as abnegadas do Amigo Bicho ainda acharam o máximo a merreca de 10 mil que a Prefeitura destinou à essa importantíssima instituição, julgando ser uma “grande áfrica” , como se dizia antigamente! E em duas vezes!!! Mas isso não dá nem pra saída!!! E se o prefeito anterior nada dava, tecem loas ao atual que deu essa miséria!! Ora, acima listamos o que o Carnaval “levou” por três noites! Parceiras do Amigo Bicho, as coisas devem ser feitas pelo caminho certo, ou seja, pela LDO e pela Lei de Orçamento! Chega de pedir migalhas e mendigar! Usem os canais legais, descubram onde estão e para onde vão os mais de 140 milhões do orçamento da cidade, façam o seu próprio orçamento e vão à luta! O segredo para emendas que destinem recursos ao Amigo Bicho é saber de onde retirar! Basta examinar, com os vereadores, em conjunto, ou só com um e mandar ver!
3. Voces sabiam, nobres leitores do “Cutuco”, que essas dedicadas senhoras ainda alugaram, cotizando-se, uma sede física para a ONG poder melhor atender as demandas relacionadas com os animais em estado de abandono ou maus tratos? Sim, elas mesmas, por amor à causa! Animais de rua são um sério problema de saúde pública e, como tal, deveria ser tratado! E prometeram uma sede ou um local para elas! Ah, “mas estamos em moratória”, disseram! Então tá. Mas arrumaram dinheiro para o Carnaval, não é? Moratória seletiva essa, não é?
4. E mais uma semana se passou e nada do prefeito Roque decidir acerca da desapropriação da Chácara Juca Tigre, ou seja, se mantém a proposta inicial de expropriar toda a área para construir um complexo em homenagem ao índio Sepé, ou se aceita a contraproposta feita pela proprietária do terreno, na qual é doada ao município, sem ônus, quase 60% do espaço desapropriado. As informações ainda seguem desencontradas, mas a mais forte que se recolhe diz de um “núcleo duro” no governo municipal, composto de três secretários, que não estariam dispostos a transigir e aceitar a contraproposta, preferindo manter a desapropriação na sua forma original. Realmente, conhecendo essas pessoas, faz todo o sentido essa informação. E o total desprezo pelas finanças municipais, desde que o apetite ideológico seja saciado, está solarmente demonstrado. Se ainda fosse um hospital, uma escola, um prédio com premência de construção, ainda se entenderia. Mas isso!? Uma aventura em torno de um monumento controverso, sob qualquer ângulo que se examine? E o dono da caneta, está realmente refém dessa gente ou vai agir com o bom senso que a ocasião requer?
5. Então, quando se compara a desapropriação, na forma original, com uma gasto inicial mínimo de 7 milhões de reais (5% do orçamento total de São Gabriel – que índio caro!!), com a contraproposta da proprietária da área, zero reais, vê-se que estamos diante, no mínimo, de um escandaloso caso de desperdício do dinheiro público!
6. E o Amigo Bicho, tratado acima, recebe 10 mil, em duas vezes...!
7. Nepotismo. Parece que essa chaga da função pública encontrou albergue em São Gabriel, justamente por parte daqueles que, na campanha política, o demonizavam e apontavam nos outros. A Câmara Municipal, ao que parece, já tem os nomes. Não sei se já os divulgaram, mas se ainda não o fizeram, é seu dever fazê-lo. São informações públicas, como o é toda a investidura em cargo público, reza a Constituição. Sentiram o cutuco?
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