Colunista do blog
A vergonhosa volta triunfal do CALHEIROS
Não há como desvincular os maus políticos dos maus eleitores e dos maus financiadores de campanha. Os menos responsáveis são os eleitos. Os Políticos eleitos representam o pensamento da maioria dos eleitores. Todos sabem em quem votam. A culpa sempre é do povo, ou pelo menos da maioria. Nossos eleitos não são de outro planeta, portanto... Um país onde a grande imprensa noticia sobre a amante de um Presidente e silencia sobre a de outro também não merece confiança. Ou os eleitores do Arruda, dos Magalhães, dos Jader Barbalho, dos Valdemar da Costa Neto, dos Roberto Jefferson, dos José Dirceu não sabem quem eles são?
O Congresso Nacional está cheio de picaretas porque a maioria gosta de picaretas. Os homens deste país, impossível o senhor não saber, são réus em dezenas de processos, mas a presunção de inocência, que vale para uns e não para outros, consagrada na nossa constituição garante a nomeação dos mesmos em todo e qualquer cargo.
Os meios de comunicação produzem heróis de barro a todo o momento. Jogadores de futebol têm todo o espaço do mundo, mas um cidadão preocupado com a educação, com a segurança e com a saúde tem dificultado seu acesso a esses veículos. Sou jornalista, escrevo há mais de quarenta anos, gratuitamente, mas já fui censurado pelos donos de jornais e rádios que se sustentam de dinheiro público e impedem a divulgação da verdade. Por fim, senhor Adão Oliveira, a corrupção não é política, nem econômica, ela é humana e por essa razão está instalada em todas as instituições.
Em um país no qual não deu certo a ditadura civil, a ditadura militar, a velha e a nova república, a nomeação de senadores biônicos, a nomeação de governadores, a emenda parlamentarista, a monarquia a justificativa só pode ser uma: falta povo. De um povo cuja maioria é desonesta jamais tiraremos administradores honestos. Que o digam a construção de Brasilia, da Transamazônica, do Projeto Sivam, da Coroa Brastel, do Banco Oportunity, da Venda da Vale do Rio Doce, dos Mensalões e dos mensalinhos, da equiparação em número de senadores do Acre a São Paulo, RS e MG e tantos outros. As mudanças, senhor Adão Oliveira, devem começar pelo povo, mas nosso povo não quer mudanças porque não gosta de disciplina e em sendo assim se outorga o direito de ser superior à Lei.
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