João Pedro Lemos
Colunista do blog
E veio a chuva esperada, mas não basta...
Pois como estava previsto pela meteorologia, chegou a chuva com grande volume. A La Niña está dando lugar ao El Niño e assim vamos nós. Fenômenos que caracterizam uma nova era de um clima totalmente inconstante e de extremos que nós mesmos criamos sim, consequência de nossas desmedidas ações de devastação. Isso não vem ao caso, pois quando se trata da falta de chuvas o problema é muito mais grave, principalmente porque atinge a produção de alimentos.
Claro que o excesso de chuvas também traz problemas, mas creio que devido à falta de investimentos em tecnologia de irrigação, a falta ainda seja mais problemática.
Com as últimas chuvas até as velhas enchentes voltaram, importantes que são para criar a renovação de rios, riachos e lagos, mudando a sistemática de micro-organismos, enfim espalhando a diversidade da vida. Olhar para um deserto é desolador, mas num país tropical olhar um pântano, um banhado, um rio, uma barragem é olhar para um local aonde a diversidade da vida chega a ser um espetáculo.
Lamentavelmente em função da estiagem do ano passado ainda teremos redução na arrecadação, aliás, os últimos anos foram complicados em termos de clima, primeiro, estiagem, depois temporal que destruiu estradas, lavouras e propriedades, depois novamente uma vasta estiagem de novo. O produtor rural com certeza tem um histórico nos últimos 5 anos bastante complexo para avaliar. Entre perdas e danos é difícil dizer quem trouxe mais prejuízo.
Existe um ditado que diz que na diversidade afloram a criatividade e o empreendedorismo, pois bem temos uma diversidade bem interessante para esse desafio. Diante da falta de valorização do setor primário penso que o produtor rural, especialmente o pequeno é um herói, pois se a lavoura de batata, mandioca, melancia, abóbora, melão, milho não produz, fazer o quê? A galinha, o porco, o cavalo precisam do milho. O gado precisa da pastagem, a propriedade precisa dos produtos para sua viabilidade e tudo isso depende do clima. Então é ou não é um herói?
Digo isso porque cresci no campo, meu avô era capataz de uma grande Estância, mas o ganho extra sempre veio da pequena propriedade e a gente sempre dependeu direto do clima. Lembro que em muitos anos a área não rendia nada e ficava difícil, o padrão de vida se reduzia. Por isso repito não é fácil, uma propriedade grande ou pequena precisa de incentivo para se tornar viável e lucrativa e programas do governo nesse sentido são muito importantes, não apenas como subsídio, mas como linha de créditos e outros meios que deem garantia a sobrevivência econômica do produtor, como sistemas alternativos de irrigação e até assistência técnica para suportar intempéries. É bom sempre lembrar “...a cidade não vive sem o campo.”
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