Papo Reto no Caderno7

João Pedro Lemos

Colunista do blog

Nativismo com nomes fortes na juventude  

São Gabriel é realmente uma cidade de grandes talentos e por ser autenticamente gaúcha é em si uma inspiração histórica e presente para poetas e músicos. Mas o que tem me chamado atenção é o vasto potencial jovem que esta cidade vem gerando, uns já se consagrando. Igor Silveira tem uma poesia autêntica, saboreia nos detalhes da lide campeira, das paisagens da campanha e nos costumes da nossa pampa uma letra que é realmente maravilhosa. Eu sempre admirei o trabalho do Igor, mas agora realmente sou fã de suas obras.

Igor Silveira

Anderson Marques

Anderson Marques, um interprete que vive a música que canta, eu no Canto da Terra fiquei impressionado com sua postura de palco, que somado a sua voz virou um espetáculo a parte. Bom! Na seqüência temos muitos outros que dispensam comentários, adolescentes e criancas que brilharam no aniversário de São Gabriel, como Vitória Staggmeier e Wagner Jr. É essa juventude e que mostra que realmente vale a pena investir na cultura desta cidade e dar palco para nossos jovens, São Gabriel é terra de grandes talentos.

Quero pescar no Sodré

Pois neste verão eu e meus filhos planejamos uma pesca e acampamento no Azevedo Sodré, mais precisamente no Rio Cacequi, pouco abaixo da antiga Estação Férrea, hoje só ruína. Quando garoto meu tio o Caquinho lá da Santa Brigida ia de trem pescar nas Três Divisas no mesmo arroio, posava e voltava no outro dia. Era uma senhora aventura, vejam só! Ir de trem posar no mato acampado e voltar de trem no outro dia. Eu fazia um pouco diferente, ia pescar no Rio Cacequi, no Sodré com meus tios e primos, mas ia a cavalo da Estância da Acácia, passava pela várzea, onde numa sanga conseguia pescar traira com isca de charque, era fantástico,. Até chegar lá ia caçando mulita, correndo lebre, lagartos e lagartixas. 

No arroio de linha, isso mesmo no Rio Cacequi pegava Dourado, com milho verde Piava e Voga e às vezes numa redezinha Linguado de água doce. Certamente isso não deve existir mais, mas só em levar meus filhos e poder lhes repassar um pouco de minha história tem grande significado. O Sodré é meu elo perdido tenho nos caminhos que levam aquele lugar e nele em si uma referência de amor, família, responsabilidade, mas acima de tudo foi lá que peguei amor pela aventura naturalista. “...pra dizer bem a verdade são bem iguais as daqui, mas sempre canso o cavalo só pra dizer que eu vi...”

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