A situação da Urcamp é gravíssima, no sentido geral. Professores e funcionários com salários atrasados e dívidas que estão sendo cobradas judicialmente, lançam uma nuvem de incertezas no futuro da instituição, que poderá perder prédios se nada for feito. As últimas informações advindas da imprensa bageense são nada otimistas. E dentro deste impasse, a Reitora Lia Quintana anunciou uma vinda à São Gabriel, que promete ser tensa.
Segundo fontes, a relação da Reitoria com os professores e funcionários andaria complicadíssima. Reuniões à portas fechadas, falta de abertura ao diálogo com professores e funcionários, não querer se manifestar à imprensa quando o assunto não é agradável - apenas uma nota foi emitida - e problemas internos agravam ainda mais a situação. Setores da comunidade já exigem da Reitoria, da Fundação Áttila Taborda e da cúpula administrativa mudanças na postura antes que o inevitável aconteça, que é um possível fechamento da universidade.
Recentemente, o jornal Folha do Sul publicou um edital de leilão do prédio da Urcamp, no valor de R$ 1,5 milhão, com uma série de 14 credores, entre eles a União, o SINPRO-RS, SINTAE, entre outros, marcado para os dias 11 e 25 de junho, segundo informações do jornalista Emanuel Muller.
E a situação complica ainda mais. Em informação de outra fonte, segmentos ligados à Urcamp teriam profissionais que estariam sendo desligados pela reitora Lia Quintana, por discordâncias de seus métodos. Falando na Reitora, foi anunciada a sua vinda ao Campus II às 16 horas desta segunda-feira (28), para a posse do pró-reitor (cujo nome ainda não foi anunciado) do Campus local. Boatos são de que a Reitora virá com forte esquema de segurança, para evitar protestos, o que é polêmico.
Para completar, retornando ao âmbito local, o prédio teria sido avaliado para leilão, entregue como garantia pela Urcamp, para pagamento de empréstimos que não foram pagos. A área onde está localizado o Campus II da Urcamp foi colocada em 2001 pela Fundação Áttila Taborda como garantia para um empréstimo de R$ 1 milhão e 955 mil. Este valor nunca foi pago e, hoje, atualizado, ultrapassa R$ 6 milhões. É difícil encontrar uma luz no fim do túnel, para a crise que carcome a instituição, vitimada por sucessivos erros administrativos da Reitoria central.
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