O Coojornal, publicação mensal feita pela Cooperativa de Jornalistas de Porto Alegre entre 1974 e 1982 (foto ao lado), será tema de uma mostra no Vestíbulo Nobre da Assembleia (Praça Marechal Deodoro, 101). De 9 a 17 de junho, o espaço vai abrigar 82 capas do periódico, que atou na resistência à ditadura militar e na reconquista da democracia. A exposição faz parte do projeto “Coojornal: trajetória de um jornal de jornalistas sob o regime militar”, que inclui lançamento de livro e documentário, além de um debate com antigos integrantes da Cooperativa. Todas as atividades têm entrada franca. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Legislativo e a editora Libretos, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e da Petrobras.
No dia 9, às 19 horas, será exibido um documentário com depoimentos de fundadores, associados, colaboradores e apoiadores do Coojornal, no Teatro Dante Barone. Às 20 horas, será lançada uma coletânea de 33 reportagens do extinto periódico, com sessão de autógrafos. Exemplares do livro “Coojornal: um jornal de jornalistas sob o regime militar” ficarão à disposição do público na Biblioteca Borges de Medeiros, no Solar dos Câmara (Duque de Caxias, 968).
Já no dia 10, também às 19 horas, no Teatro Dante Barone, haverá nova exibição do documentário, seguida de debate com os jornalistas Jorge Polydoro e José Antonio Vieira da Cunha e os organizadores do livro Elmar Bones, Rafael Guimaraens e Ayrton Centeno. A sessão comentada contará como 3h de atividade complementar para estudantes universitários, que receberão certificados de participação.
O Coojornal foi concebido como um boletim interno da Cooperativa, mas a demanda cresceu, o número de páginas foi multiplicado, e a circulação passou a ser nacional. Diversos jornalistas gaúchos que viviam em outros Estados atuavam como correspondentes. Às vezes, matérias que saíam reduzidas em periódicos do Centro do País eram divulgadas na íntegra pelo Coojornal, que permitia a publicação sem assinatura para evitar embaraços.
Duas reportagens são particularmente associadas ao fim do Coojornal: uma sobre a quantidade de cidadãos cassados durante a ditadura e outra sobre documentos secretos do Exército relativos à repressão de guerrilheiros. Assim, a reação dos militares e a fuga de anunciantes, associadas a questões trabalhistas, resultaram na extinção do periódico.
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