A Brigada Militar do Rio Grande do Sul confirmou, nesta quinta-feira (13), a exclusão dos policiais acusados pela morte de Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, ocorrida em agosto de 2022. O 2º sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen e os soldados Raul Veras Pedroso e Cléber Renato Ramos de Lima foram desligados após a conclusão do processo administrativo conduzido pela Corregedoria da corporação.
A decisão foi assinada pelo comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio dos Santos Feoli. Em nota, a corporação justificou a medida por “entender que suas condutas os tornaram incapazes de permanecer nas fileiras da Instituição”.
O corpo de Gabriel foi encontrado em 19 de agosto de 2022, em um açude no bairro Lavapé, sete dias após o desaparecimento. Conforme o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), o jovem havia sumido após uma abordagem da Brigada Militar, durante a qual ele teria sido colocado no porta-malas de uma viatura. O corpo foi localizado uma semana depois, submerso em uma barragem da região, próxima ao ponto onde os denunciados disseram ter deixado o jovem.
Os soldados e o sargento foram presos preventivamente em agosto de 2022. A perícia apontou que Gabriel morreu em decorrência de hemorragia interna provocada por agressão na região do pescoço. O laudo também indicou ausência de sinais de afogamento. Os três policiais permanecem presos e irão a júri por homicídio qualificado por motivo fútil e por recurso que dificultou a defesa da vítima. A data do julgamento ainda não foi divulgada.
A legislação prevê como última instância recursal a possibilidade de os acusados apresentarem recurso ao governador do Rio Grande do Sul. Em nota, a Brigada Militar afirmou que não tolera desvios de conduta que contrariem sua missão institucional.
“Por fim, a Brigada Militar não tolera desvios de conduta e reitera seu compromisso histórico de servir e proteger a comunidade gaúcha, fortalecendo seus mecanismos de controle interno e a responsabilidade de cada um de seus integrantes”, finaliza o comunicado.
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