![]() |
Levantamento da PRF revelou que São Gabriel figura entre as cidades mais arriscadas para crianças e adolescentes em relação à exploração sexual no RS (foto Freepik) |
São Gabriel está entre os municípios gaúchos com maior número de locais vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes, ocupando a 14ª colocação em um ranking estadual divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O levantamento, referente ao biênio 2023-2024, foi realizado por meio da plataforma SmartLab e identificou 12 pontos de risco no município.
Os dados fazem parte do projeto Mapear, uma iniciativa conjunta da PRF, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que mapeou 655 pontos vulneráveis em 120 cidades do Rio Grande do Sul. Desses locais, 12 tiveram confirmações de ocorrências de exploração sexual. Apesar da redução em relação ao biênio anterior, que registrou 967 pontos no Estado, o número ainda revela a persistência do problema.
Conforme o estudo, os pontos de risco são locais que apresentam fatores que favorecem a vulnerabilidade, como ausência de atuação do Conselho Tutelar, prostituição, consumo de drogas e álcool, além de paradas em rodovias – postos de combustíveis, hotéis e motéis, entre outros.
O município de Uruguaiana lidera a lista com 38 pontos, seguido por Santa Maria (26), Sant’Ana do Livramento (25), Sarandi (22) e Lagoa Vermelha (22). Além de São Gabriel, outras cidades da região também figuram entre as 20 primeiras colocações, como Rosário do Sul (16), Alegrete (21) e São Sepé (11).
Neste mês de maio, diversas entidades intensificam ações de prevenção e conscientização, por meio da campanha “Faça Bonito”, alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado no dia 18. A mobilização é liderada pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, com apoio do MPT, da Rede ECPAT Brasil e de diversas instituições públicas e da sociedade civil.
Segundo a procuradora do trabalho Martha Diverio Kruse, coordenadora regional da Coordinfância, o engajamento da sociedade é essencial para enfrentar o problema. Está prevista ainda, neste mês, uma reunião entre o MPT e forças de segurança para reforçar a articulação no combate à violência sexual infantil.
A data de 18 de maio foi instituída pela Lei nº 9.970/2000, em memória do Caso Araceli, menina de oito anos que foi vítima de violência sexual e assassinada em 1973, no Espírito Santo.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 15/05/2025 20h48
Contato da Redação: (55) 996045197 / 991914564
E-mail: blogcadernosete@gmail.com
jornalismo@caderno7.com