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22 abril 2025

MEMÓRIA | Em meio à comoção nacional por morte de Tancredo, há 40 anos estreava a minissérie "O Tempo e o Vento" na Globo

Minissérie lembrada até hoje como uma das melhores adaptações da obra de Érico Veríssimo estreava em 22 de abril de 1985, tendo astros como Tarcísio Meira e Louise Cardoso, como Capitão Rodrigo Cambará e Bibiana Terra (foto Jorge Baumann/Globo)

Exibida entre 22 de abril e 7 de julho de 1985 pela Rede Globo, a minissérie O Tempo e o Vento tornou-se um marco da teledramaturgia brasileira ao adaptar para a televisão os dois primeiros volumes da obra de Erico Verissimo — O Continente e O Retrato. Com roteiro de Doc Comparato e direção-geral do lavrense Paulo José, a produção apresentou a trajetória da família Terra Cambará, atravessando mais de 150 anos da história do Sul do Brasil.

O elenco reuniu grandes nomes da televisão brasileira, como Tarcísio Meira, Glória Pires, Lélia Abramo, Antônio Fagundes, Raul Cortez, Louise Cardoso e Paulo Goulart. A minissérie também contou com a participação de diversos artistas gaúchos, como o ator Marcos Breda, o gabrielense Lutero Luiz (no papel de Fandango), o cantor e violonista Lúcio Yanel, o apresentador e pesquisador Nico Fagundes, a atriz Lilian Lemmertz e o cantor Elton Saldanha, entre outros. Pela atuação na produção, o ator José de Abreu — embora não gaúcho — foi homenageado com o título de cidadão pelotense pela Câmara de Vereadores de Pelotas, também pelo tempo em que morou e estudou na cidade. 

Apesar de retratar o contexto histórico do Rio Grande do Sul, a minissérie foi inteiramente gravada em estúdios e locações no Rio de Janeiro e algumas cenas externas gravadas em fazendas no Rio Grande do Sul, nos municípios de Guaíba, Camaquã, Osório, São Miguel das Missões e Morungava. Ainda assim, a ambientação foi cuidadosamente construída para refletir a identidade e os elementos da cultura gaúcha. A direção de arte e os figurinos contaram com a assessoria de Nico Fagundes. A trilha sonora foi composta por Tom Jobim. A abertura tinha aquarelas do pintor bageense Glauco Rodrigues, embaladas por uma versão instrumental de "Passarim", de Tom Jobim.

A obra foi uma das adaptações literárias produzidas em comemoração aos 20 anos da Rede Globo — as outras foram Tenda dos Milagres, de Jorge Amado, exibida em agosto, e Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, apresentada em dezembro.

A estreia ocorreu em meio a um momento de comoção nacional: um dia após a morte de Tancredo Neves, presidente eleito em 1985 que não chegou a tomar posse. Um programa especial sobre a produção, previsto para o dia anterior, foi cancelado. Na abertura do primeiro capítulo, o diretor Paulo José leu uma mensagem em homenagem a Tancredo, num gesto de respeito ao luto que tomava conta do país.

No dia da estreia, o diretor da produção, Paulo José, prestou uma homenagem a Tancredo Neves, falecido no dia anterior, onde se fazia uma simbologia com o encerramento da minissérie com a transição da ditadura militar para a nova república (foto reprodução/Globoplay)

Na mensagem, Paulo José destacou que a cena final da minissérie, em que os personagens comemoram na Praça de Santa Fé o fim dos conflitos e o início da República, simbolizava também a esperança pelo fim da ditadura militar e a chegada da Nova República — processo democrático pelo qual Tancredo lutou e acabou falecendo antes de assumir a Presidência.

"Nós imaginávamos, ao fazer este programa, que estas imagens ilustrariam bem o momento atual brasileiro de retomada do processo democrático, da Nova República. Mas hoje, o país está de luto. No entanto, acreditamos que a melhor forma de homenagear um estadista que morre é ajudar o seu país a caminhar com confiança e otimismo. Daí, a oportunidade da estreia desta série brasileira, que fala da construção de uma nação, da luta de nosso povo pela fixação de nossas fronteiras, de nossos medos, de nossas fraquezas... Mas também, de nossa coragem, de nossa força, de nossa fé no futuro e esperança", declarou o ator nascido em Lavras do Sul, falecido em 2021.

Reconhecida como uma das melhores adaptações literárias da televisão brasileira, O Tempo e o Vento ajudou a consolidar o formato das minisséries históricas no país. A produção original e o programa especial estão atualmente disponíveis na plataforma Globoplay. Em 2013, a obra de Erico Verissimo foi novamente adaptada, dessa vez para o cinema e com filmagens realizadas no Rio Grande do Sul, sob a direção de Jayme Monjardim.

Reportagem: Marcelo Ribeiro 
Data: 22/04/2025 07h00
Contato da Redação: (55) 996045197 / 991914564 
E-mail: blogcadernosete@gmail.com 
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