Sua formação não pode esperar - Ingresse na Urcamp!

No Peruzzo, Mãe Raiz é nota Mil!

Danilo Pires Assistência Técnica agora é Good Place, com o melhor em Apple

Super Engenho São Gabriel - Mais qualidade para sua família

Foco no Futuro com a Urcamp - inscrições para o vestibular de verão abertas!

São Gabriel Saneamento - o melhor está por vir, acredite

Urbano Alimentos - colaborando para o crescimento de São Gabriel e região

No Peruzzo, Mãe Raiz é nota Mil!

Faça um Seguro de Vida e concorra a prêmios no Sicredi!

06 fevereiro 2025

FIM DE UMA HISTÓRIA | Depois de mais de 200 anos aceso, tradicional fogo de chão em São Sepé é extinto

Tradicional fogo de chão da Fazenda Boqueirão de São Sepé foi extinto em 8 de janeiro, dando fim a uma tradição que vinha há 200 anos (foto divulgação) 

O tradicional fogo de chão da Fazenda Boqueirão, em São Sepé, no interior do Rio Grande do Sul, que era mantido aceso há mais de 200 anos, foi extinto. A decisão dos proprietários ocorreu no dia 8 de janeiro deste ano, quando a última tora de madeira foi colocada até se apagar. A notícia foi veiculada nesta semana pelo Jornal do Garcia Online.

“Foi uma decisão difícil, muito dolorosa para a família, mas decidimos, no dia 8 de janeiro de 2025, data em que completei 60 anos, apagar o fogo. Muitos fatores contribuíram para essa decisão. Estávamos com dificuldades para conseguir lenha morta e, para obter as toras necessárias, teríamos que derrubar árvores nativas. Isso nós não queremos, pois nossa proposta é preservar a natureza. A escassez de lenha também pesou na nossa escolha”, relatou Cláudia Pires Portella, uma das filhas dos proprietários da fazenda, ao Jornal do Garcia Online.

A chama, que era alimentada por toras de madeira de lei, tornou-se um símbolo da cultura gaúcha. Da Fazenda Boqueirão, a Chama Crioula era acesa no fogo de chão e distribuída para entidades tradicionalistas de todo o Estado durante a Semana Farroupilha.

O tradicional fogo de chão também teve um encontro histórico com a Tocha Olímpica: o símbolo máximo da Rio-2016 passou pela Fazenda Boqueirão, conduzido por Luiza Pires Portella, da sétima geração da família Simões Pires, em um momento marcante para os sepeenses e para a cultura gaúcha.

História do fogo de chão
O fogo de chão foi aceso pela primeira vez no início do século XIX, quando foi construído o galpão onde permaneceu por mais de dois séculos. A família Simões Pires, presente no Estado desde o século XVIII, era responsável por manter a chama acesa, símbolo de calor, paixão, hospitalidade e coragem do povo gaúcho.

A tradição da Chama Crioula, vinculada à Semana Farroupilha, teve início em 1947, quando o fogo ainda era apenas um símbolo da pátria. No passado, ao redor do fogo de chão, os gaúchos aqueciam-se, cuidavam do gado e compartilhavam o chimarrão.

Na Fazenda Boqueirão, localizada na localidade de Vila Block, a cerca de 300 quilômetros de Porto Alegre, a família Simões Pires mantém seu vínculo com a história do Rio Grande do Sul.

“Nós associamos o início do fogo à época da construção do galpão, por volta de 1800. Então, provavelmente, desde essa época ele permaneceu aceso. Foram mais de 200 anos mantendo essa tradição. Nossa decisão de apagá-lo foi muito refletida e vinha sendo debatida em família há alguns anos. Mas o mais importante é que a história será preservada. Vamos manter tudo igual no galpão, e as pessoas poderão continuar nos visitando”, afirmou Gilda Maria Faria Pires, proprietária da fazenda.

Reportagem: Luis Garcia/Especial C7
Data: 06/02/2025 15h32 
Contato da Redação: (55) 996045197 / 991914564 
E-mail: blogcadernosete@gmail.com 
jornalismo@caderno7.com
0 comentários via Blogger
comentários via Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Com jeito, tudo pode ser dito das mais variadas formas. Solicitamos: leia a matéria antes de comentar. Colabore conosco para a difusão de ideias e pontos de vista em nível civilizado.