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15 novembro 2024

DENÚNCIA | Jovem gabrielense questiona morte de bebê durante o parto e alega negligência médica

Lidiane estava grávida da filha Ísis, que nasceu sem vida; ela acusa profissionais de negligência e médicos informaram que procedimentos foram seguidos (foto arquivo pessoal)

A gabrielense Lidiane Carvalho enfrenta um drama pessoal após perder sua filha Ísis durante o parto. Com 39 semanas de gestação, Lidiane alega negligência médica e busca explicações sobre a causa da morte. Um vídeo gravado por ela e pelo esposo, Giovanne Camargo, repercute nas redes sociais e levanta questionamentos sobre o atendimento recebido.

Segundo Lidiane, a gestação transcorria normalmente até a última consulta com o médico obstetra Lineu Motta. Após sentir dores e notar o rompimento do tampão mucoso, ela procurou o hospital. "As enfermeiras foram atenciosas, mas o médico de plantão, doutor Khalígula (Khayan), sequer me examinou pessoalmente, apenas orientou por telefone", relatou. Lidiane foi liberada com a orientação de retornar caso as dores aumentassem.

No dia seguinte, durante uma consulta com o obstetra, foi constatada a ausência de batimentos cardíacos do bebê. Ela foi encaminhada à Santa Casa, onde a equipe tentou realizar uma cesárea de emergência, mas Ísis já estava sem vida.

Lidiane questiona possíveis falhas no pré-natal e no atendimento hospitalar. "Fiz todos os exames e tudo estava bem. Não entendo como, de uma hora para outra, o coração dela parou", lamentou. Ela também afirmou que não recebeu informações completas durante o pré-natal, como a necessidade de uma injeção específica, e relatou ter sido procurada por outras mães com relatos de situações semelhantes. A causa morte da bebê foi uma infecção, que não foi apontada pelo médico. 

A família cobra esclarecimentos sobre a conduta médica e as circunstâncias que levaram à morte de Ísis e também alerta que situações semelhantes venham a ser relatadas. O caso deverá ser abordado pelo vereador eleito Ladislê Teixeira, em uma live nas redes sociais neste final de semana (ou a qualquer momento).

O que dizem os médicos?
A reportagem entrou em contato com os médicos envolvidos no caso, Lineu Motta e Khalígula Khayan, para que apresentassem suas versões. O obstetra Lineu Motta confirmou ter acompanhado a gestação de Lidiane e lamentou o ocorrido. Segundo ele, casos de morte súbita podem acontecer, mesmo com acompanhamento adequado.

"Realizamos todos os procedimentos e encaminhamos a paciente ao hospital no momento apropriado. Quando detectamos que a criança estava sem vida, foi realizada a cesárea", explicou Lineu, em chamada via WhatsApp. Ele afirmou também que Lidiane foi atendida pelo médico de plantão conforme os protocolos e que todos os procedimentos recomendados foram seguidos. 

O médico acrescentou que ela foi submetida ao exame MAP e o mesmo tinha sido registrado sem alterações, sendo liberada para ir para casa e orientada a retornar ao hospital quando tivesse dores e contrações. 

Lineu acrescentou que uma familiar da paciente havia alertado sobre a necessidade de buscar o hospital no período correto da gravidez. O médico Khalígula se manifestou da seguinte forma à reportagem, em nota:

"Primeiramente, a comunidade precisa entender como funciona o sistema de sobreaviso do hospital. Os médicos obstetras não recebem para permanecer em plantão presencial 24 horas. O atendimento ocorre em regime de sobreaviso, ou seja, os obstetras são acionados e se deslocam até o hospital apenas em casos de urgências e emergências obstétricas.

No caso mencionado, a paciente de 27 anos, em sua primeira gestação, com 39 semanas e 3 dias (em 12 de novembro), relatou dor lombar, contrações e perda do tampão mucoso (secreção que se forma no colo do útero). Ela chegou ao nosso serviço por volta das 14h. Durante o exame, constatou-se dilatação de uma polpa digital, sem perdas de líquido, com feto em apresentação cefálica e bolsa amniótica íntegra.

A paciente foi submetida a uma cardiotocografia para monitorar as contrações e os batimentos cardíacos fetais, embora tal exame não fosse obrigatório, já que ela ainda não estava além da data prevista para o parto. Os resultados mostraram contrações esparsas e batimentos normais. A paciente, sem comorbidades declaradas, foi orientada de que estava em pródromos de trabalho de parto (fase inicial). Ela foi informada que, caso as contrações aumentassem ou houvesse perda de líquido ou sangramento, deveria retornar ao hospital.

É importante esclarecer que, como médicos de sobreaviso, não temos acesso ou controle sobre como foi conduzido o pré-natal da paciente, nem sobre a realização de exames de rastreio necessários durante a gestação. Nosso papel no regime de urgência e emergência é avaliar a situação no momento e verificar se há necessidade de internação, tratamento ou interrupção da gestação. Não estamos no hospital para corrigir eventuais falhas do pré-natal.

No momento da avaliação, o exame clínico indicava que estava tudo bem, razão pela qual a paciente foi liberada. Lamento profundamente o ocorrido, pois sou pai e dedico minha vida a salvar vidas", finalizou.

Reportagem: Marcelo Ribeiro 
Data: 15/11/2024 19h39 
Contato da Redação: (55) 996045197 / 991914564 
E-mail: blogcadernosete@gmail.com 
jornalismo@caderno7.com
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