Márllon acusou a empresa de ativismo político ao paralisar serviço por falência; Samanta rebateu acusações e afirmou perseguição política por parte da Prefeitura (fotos divulgação/reprodução) |
A paralisação do transporte coletivo, anteriormente operado pela Coleurbanus, que encerrou suas atividades devido a dificuldades financeiras em São Gabriel, continua gerando discussões entre situação e oposição no município. Na manhã desta quinta-feira, 10 de outubro, durante pronunciamento na tribuna da Câmara de Vereadores, Márllon Maciel (Progressistas) acusou a empresa de ter promovido uma "retaliação política" ao interromper o serviço dois dias após a eleição. Samanta Sanfelice, relações públicas da empresa, por sua vez, acusou a Prefeitura de perseguição, afirmando que a empresa vinha comunicando há tempos que o serviço poderia ser interrompido a qualquer momento.
O vereador afirmou que, mesmo tendo o direito de encerrar suas atividades devido às dificuldades financeiras, a empresa teria praticado "ativismo político". "Eles têm todo o direito, mas não podem parar as atividades de um dia para o outro. E antes que comecem a vitimização, a Coleurbanus agiu, sim, com ativismo político nos últimos anos", acusou Márllon. "Os proprietários participaram da campanha adversária, tanto que, dois dias depois da eleição, pararam as atividades", afirmou o vereador, cujas declarações foram corroboradas pelo vereador Vagner Aloy Rodrigues (Maninho, União).
O QUE DIZ A EMPRESA?
Em resposta às manifestações do vereador Márllon Maciel, a relações públicas da Coleurbanus, Samanta Sanfelice, declarou que a paralisação das atividades da empresa não se trata de retaliação política. Segundo Sanfelice, a empresa, que atua há quase 50 anos no setor de transporte público, enfrenta dificuldades financeiras que inviabilizam a continuidade dos serviços.
Sanfelice rebateu as acusações, explicando que a empresa vinha alertando as autoridades, incluindo o Ministério Público e a própria Câmara de Vereadores, sobre a iminente interrupção dos serviços devido à falta de recursos. Ela relatou que, apesar de diversas tentativas de obter subsídios da Prefeitura, os pedidos foram negados, e a empresa não teve condições financeiras de abastecer os ônibus, levando à paralisação. Sanfelice também mencionou que o prefeito obteve uma liminar obrigando a Coleurbanus a retomar as atividades, sob pena de multa, mas reiterou que a empresa não voltará a operar.
A Coleurbanus encerrou suas atividades no município e devolveu as linhas, conforme solicitado pelas autoridades municipais. A empresa destacou que o principal problema é a falta de administração e gestão adequadas do transporte público na cidade, o que estaria prejudicando a população.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 10/10/2024 12h09
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