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| Júri da boate Kiss realizado em dezembro de 2021 e que tinha sido anulado, foi revalidado por decisão do Ministro do STF, Dias Toffoli, nesta segunda-feira, 2 de setembro; no local onde existia boate, está sendo construído o Memorial às Vítimas da Kiss (fotos Marcelo Ribeiro/portal Caderno7) |
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli reverteu, em despacho nesta segunda-feira (2), a anulação do júri do caso da Boate Kiss. A decisão, que atendeu a recursos do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e do Ministério Público Federal (MPF), também determinou a prisão dos quatro réus condenados em dezembro de 2021.
A tragédia, ocorrida em Santa Maria em janeiro de 2013, causou 242 mortes. Com a decisão, as condenações de Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, com penas de 18 a 22 anos e meio de prisão, voltam a valer.
O advogado Jean Severo, que representa Bonilha Leão, confirmou a prisão de seu cliente em Santa Maria. O advogado Jader Marques, que defende Elissandro Spohr, também conhecido como Kiko, confirmou que o réu foi detido nesta segunda-feira. A defesa de Marcelo de Jesus dos Santos confirmou a prisão dele em São Vicente, na Região Central.
O júri havia sido anulado no ano passado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), decisão que foi posteriormente confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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| Prédio da Kiss começou a ser derrubado em julho e agora, existem tapumes para a obra do Memorial |
As defesas de parte dos réus se manifestaram à imprensa, se declarando "surpresas" com a decisão, mas que vão cumprir as decisões e recorrer nas esferas competentes. Confira:
Marcelo de Jesus dos Santos: A defesa lamenta que a decisão tenha sido tomada de forma sigilosa e critica o STF por um julgamento considerado antidemocrático. Cumprirão a decisão e seguirão discutindo o caso nas esferas competentes.
Luciano Bonilha Leão: A defesa foi surpreendida pela decisão, discorda do STF e argumenta que os recursos não deveriam ter sido aceitos. Alega que uma ordem de habeas corpus garante a liberdade de Luciano e tomará medidas para reverter a decisão.
Elissandro Spohr: A defesa recebeu a decisão com surpresa e está tomando medidas para entender e contestar o que foi decidido. Spohr já está à disposição das autoridades para cumprir os procedimentos legais.
Reportagem: Marcelo Ribeiro, com informações de GZH
Data: 02/09/2024 19h17
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