Audiência para interrogar réus da morte de Gabriel Marques Cavalheiro aconteceu na manhã desta terça-feira, 13 de agosto, exatamente dois anos após crime (fotos Marcelo Ribeiro/Portal Caderno7) |
Os policiais militares acusados da morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, ocorrida em agosto de 2022, prestaram interrogatório à Justiça de São Gabriel nesta terça-feira, 13 de agosto, dia que marcou dois anos do desaparecimento e morte do jovem após uma abordagem policial.
Os réus, o segundo sargento Arleu Cardoso Junior Jacobsen e os soldados Raul Veras Pedroso e Cleber Renato Ramos de Lima, mantiveram a alegação de inocência, conforme orientação de suas defesas, que insistem que o verdadeiro responsável pela morte de Gabriel "está solto". Eles chegaram ao Fórum local antes das 9h, escoltados.
Fórum local teve policiamento durante audiência dos réus; etapa seria a que faltaria para definir julgamento |
Os pais de Gabriel, Anderson Cavalheiro e Rosane Marques, acompanharam a fase de depoimentos em silêncio, levando um banner com a foto do filho. Os interrogatórios, inicialmente previstos para maio, foram adiados devido à catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul naquele mês.
O juiz Ham Martins Régis autorizou a imprensa a registrar imagens apenas das imediações da Sala de Audiência da Vara Criminal. O caso está em fase de instrução, momento em que ocorre a oitiva de testemunhas, o interrogatório dos réus e a produção de outras provas que o juiz considerar necessárias.
RELEMBRE O CASO
Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, desapareceu por volta da meia-noite de 12 de agosto de 2022, no Bairro Independência, em São Gabriel. Segundo o relato de uma moradora, ela teria chamado a Brigada Militar (BM) após o jovem tentar forçar a grade da casa dela e tentar entrar na residência. Os policiais foram ao local, abordaram, algemaram Gabriel e o colocaram no porta-malas da viatura. Desde então, o jovem não foi mais visto.
O corpo de Gabriel foi encontrado no dia 19 de agosto, em uma barragem na região conhecida como Lava Pé. Os três policiais militares que realizaram a abordagem foram presos na noite do dia 19 de agosto e encaminhados ao Presídio Militar de Porto Alegre, onde permanecem até hoje. O laudo de necropsia apontou que Gabriel morreu em decorrência de uma hemorragia interna na região do pescoço, provocada por agressão, sem indícios de afogamento.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: XX/XX/2024 XXhXX
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