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Delegação da escola se reuniu com o Promotor Lucas Machado, para pedir ajuda para reverter situação (foto Marcelo Ribeiro/portal Caderno7) |
Na tarde de terça-feira, 16, uma reunião crucial ocorreu entre membros da comunidade da Escola Celestino Cavalheiro e o Promotor de Justiça Especializada, Lucas Oliveira Machado. O encontro teve como foco principal a tentativa de impedir o fechamento das turmas do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio pela Secretaria de Educação (Seduc). Esta medida, se concretizada, afetará mais de 150 alunos, privando-os de aulas em 2024.
Durante a reunião, o promotor Lucas Oliveira Machado ouviu as preocupações dos representantes da comunidade, que ressaltaram os efeitos adversos que o fechamento das turmas teria na acessibilidade à educação na região. A mobilização busca sensibilizar as autoridades sobre a necessidade de manter as oportunidades educacionais para os estudantes do EJA. O promotor comprometeu-se a encaminhar a questão à promotoria da Educação da região de Santa Maria para uma avaliação mais aprofundada.
A diretora da Escola Celestino Cavalheiro, Giane Monteiro, revelou que a situação veio à tona quando o sistema de matrículas não abriu para o EJA do Ensino Médio. Após questionamentos à coordenação, foi informado que, em 2024, a escola atenderia apenas o Ensino Fundamental. "Temos alunos de vários lugares, incluindo Santa Margarida e Vila Nova do Sul. A possibilidade de fechamento das turmas causou grande insatisfação, levando-nos a buscar uma solução junto ao promotor", destacou Giane.
Por fim, a aluna Joana Silveira expressou sua própria indignação e a de outros estudantes. "Moro em Santa Margarida e dependo do transporte público. Se o EJA do Celestino fechar, será muito difícil para mim e para outros alunos que dependem de transporte à noite", lamentou Joana. Ela destacou as dificuldades adicionais que enfrentarão caso tenham que se deslocar para outras escolas em horários menos acessíveis.
Essa reunião marca um esforço conjunto da comunidade escolar para garantir a continuidade do Ensino Médio para jovens e adultos na região, sublinhando a importância da educação acessível e da mobilização comunitária em face de decisões governamentais potencialmente prejudiciais. A resposta das autoridades educacionais ainda é aguardada, enquanto a comunidade se mantém ativa e esperançosa por uma resolução favorável.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 16/01/2024 17h50
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