Líder do PDT gaúcho e nacional, Miguelina Vecchio morreu nesta sexta-feira aos 60 anos, em decorrência de um câncer (foto Marcelo Ribeiro/arquivo C7) |
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) gaúcho está de luto pela perda de Miguelina Vecchio, que faleceu nesta noite de sexta (7) em Porto Alegre, aos 60 anos, em decorrência de uma longa batalha contra o câncer. A líder feminista, natural do Rio Grande do Sul e vice-presidente estadual e nacional dedicou sua vida à causa das mulheres, ao Trabalhismo e ao partido que integrava. Filha do líder sindical José Vecchio, era uma verdadeira defensora do Trabalhismo, assim como seu pai, histórico varguista e fundador do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Bacharel em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Miguelina compartilhava a mesma convicção de seu pai e dedicava-se incansavelmente aos ideais trabalhistas ao longo de sua vida. Como presidente nacional da Ação das Mulheres Trabalhistas (AMT), Miguelina Vecchio era reconhecida por sua coragem e determinação na luta pelos direitos das mulheres. Sua atuação incisiva e inabalável a colocava na linha de frente, enfrentando desafios com fervor.
Sua voz valente e sua postura firme tornaram-na uma das principais representantes do PDT. Miguelina teve uma atuação de destaque em âmbito internacional, ocupando o cargo de vice-presidente da Internacional Socialista de Mulheres por duas vezes. Seu trabalho também se estendeu a cargos de importância no cenário político nacional, como vice-presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) e coordenadora geral do Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos. Também ocupou o cargo de secretária de Organização da Executiva do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Rio Grande do Sul, além de ter sido presidente desta última instituição.
Sua partida deixa uma lacuna irreparável no PDT e no movimento das mulheres trabalhistas. Sua dedicação incansável, sua coragem e sua voz incisiva serão sempre lembradas como um exemplo a ser seguido. Miguelina deixa um legado inspirador para todos aqueles que compartilham da luta pelos direitos das mulheres e pela causa trabalhista. Ela também era conhecida pela autenticidade e franqueza, não poupando os críticos do trabalhismo.
A presidente do PDT e da AMT gabrielense, Giovana Gonçalves, expressou pesar pela morte da trabalhista e lembrou da parceria inesquecível que teve com a amiga e colega. "O trabalhismo fica mais triste nesta sexta-feira, tivemos o prazer de ter entre nós uma lutadora como foi a Miguelina", finalizou. Um dos últimos eventos que ela marcou presença foi o Seminário Internacional "Violência Política Contra a Mulher", realizado pela Ação da Mulher Trabalhista do RS na cidade de Rosário do Sul, em agosto de 2022.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 08/07/2023 10h49
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