Em meio de uma guerra judicial, Corsan foi vendida para o grupo Aegea por R$ 4,1 bilhões (foto reprodução/Corsan) |
Após muitas disputas judiciais e queda de liminares, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) foi vendida pelo Governo do Estado. O grupo Aegea, que opera uma parceria público-privada (PPP) com a Corsan, foi o comprador com uma oferta de R$ 4,151 bilhões, que representa ágio de 1,15%. A Aegea foi a única a apresentar proposta no certame, realizado na B3, a bolsa de valores de São Paulo, na manhã desta terça (20).
A Aegea venceu o certame pelo controle da Corsan por meio de um consórcio formado junto com as gestoras de investimentos Perfin e o Kinea. Os atos finais da privatização, como a transferência de ações, estão temporariamente impedidos por decisão judicial. Uma medida cautelar concedida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) na sexta-feira (16) impede a assinatura do contrato.
O governador Ranolfo Vieira Júnior afirmou que a "privatização é parte da universalização do saneamento e otimização dos serviços da companhia", afirmou. Por meio de nota, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado (Sindiágua) criticou o resultado do leilão. No entendimento da entidade, “a companhia foi vendida por preço pífio” e “é um presente de Natal do governo do estado aos empresários privados”.
O governo do RS justifica a privatização à aprovação do marco legal do saneamento, aprovado pelo governo federal. A nova lei determina que, até 2033, 99% da população deve ter acesso a água potável e 90% a coleta e tratamento de esgoto.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 20/12/2022 18h43
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