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Ex-deputado Roberto Jefferson se entregou à Polícia após resistir à ordem de prisão e atirar em policiais federais neste domingo, no Rio de Janeiro (foto reprodução/YouTube) |
Um fato anormal neste domingo (23) agitou a política do Brasil a uma semana das eleições do próximo final de semana. Com ordem de prisão decretada pelo Ministro Alexandre de Moraes, do STF, o ex-deputado Roberto Jefferson resistiu à prisão e chegou a atirar contra veículos da Polícia Federal e jogar granadas, mas acabou se entregando no começo da noite, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro.
Jefferson estava em prisão domiciliar a pedido de seus advogados por alegados problemas de saúde e deveria não estar presente nas redes sociais, mas na última sexta-feira (21), se manifestou com ofensas pesadas à Ministra do STF, Carmen Lúcia. A partir da afronta, Moraes revogou a prisão domiciliar e determinou prisão preventiva de Jefferson.
No cumprimento da ordem no domingo, o ex-deputado do PTB decidiu reagir, chegando a dizer em redes sociais que iria "resistir" e na sequência, disparou com armas de fogo contra as viaturas e jogou inclusive granadas, cujos estilhaços feriram dois policiais federais. As imagens das viaturas danificadas pelos tiros impressionaram.
Jefferson chegou a dizer que "só sairia morto" de casa. Ao cair da noite, o candidato à presidente do partido, Padre Kelmon, que assumiu no lugar de Bob Jeff, como o ex-deputado também é conhecido, negociou uma rendição e ele se entregou, inclusive com o padre entregando as armas dele.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou em postagem nas redes sociais que "repudia as falas de Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF" bem como determinou a ida do Ministro da Justiça ao Rio de Janeiro para acompanhar o caso. No começo da noite, ele gravou um vídeo onde anunciou a "prisão do bandido Roberto Jefferson", sinalizando um rompimento com o ex-aliado.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 23/10/2022 19h54
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