O homem de 59 anos preso na noite de sábado, 3 de setembro, em Santa Maria, negou participação na morte de Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos e diz que o fez coagido por policiais militares. Essa afirmação foi feita nesta segunda-feira (5), durante audiência de custódia na Vara de Execuções Criminais de Santa Maria.
Segundo a Rádio Imembuí e G1 RS, a afirmação foi feita pela Defensoria Públlica do Estado (DPE), que faz a defesa do homem. Elton Luis Rossato Gabi afirmou ter sido agredido e coagido por policiais militares a confessar o crime, mas não foram dados mais detalhes. A juíza responsável pela audiência de custódia determinou que fosse encaminhada cópia do depoimento para o Ministério Público, responsável pela Auditoria Militar, e para a Corregedoria da Brigada Militar para apurar os fatos.
Segundo José Bastos, delegado da Polícia Civil de São Gabriel, a versão apresentada pelo suspeito reforça a ideia de que a suposta confissão de Elton não explica o crime. A defesa do suspeito, que é feita pela defensora pública Valéria Brondani, afirma que não acompanhou o depoimento e não irá se manifestar.
"O entendimento é de que essas informações não precedem. O preso foi interrogado e negou qualquer participação no fato. Foi interrogado ontem à tarde pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa de Santa Maria. Não iremos mais comentar o caso", afirmou o delegado ao G1.
A informação tinha saído na madrugada de sábado, quando Elton foi preso em sua residência na Vila Noal, em Santa Maria. Na ocasião, o homem contou uma história de que teria "vários homicídios nas costas" e que teria sido "contratado por uma mulher para matar Gabriel por R$ 15 mil reais", onde descreveu que teria ido até o Lavapé no dia "com um carro, agredido ele com um cabo de machado e jogado no açude o corpo", afirmou.
A história foi vista com surpresa pela Polícia Civil, Brigada Militar e imprensa, além da comunidade gabrielense. Alguns saudaram a possível "injustiça" "cometida" contra os três policiais militares, que foram denunciados nesta segunda-feira pelo Ministério Público. No começo da noite, o delegado José Bastos informou que a história não procedia, o que acabou se confirmando nesta segunda.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 05/09/2022 17h00
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