Operação da Polícia Federal desmascara quadrilha que vinha fazendo derrame de notas falsas na região Metropolitana; líder do grupo foi preso em Imbé (foto Polícia Federal/divulgação) |
Porto Alegre - A Polícia Federal está deflagrando a Operação Sólon, na manhã desta quinta (21) para desarticular uma quadrilha responsável pelo derramamento de notas de dinheiro falsas na Região Metropolitana de Porto Alegre. As investigações começaram em maio, onde identificaram que o grupo criminoso utilizava um site de anúncios de produtos usados para repassar notas falsas de real em compras.
Na ação, 50 policiais federais cumprem 4 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha e Imbé - o líder do grupo foi preso nesta cidade há pouco. O golpe consistia na pesquisa de possíveis vítimas, usando perfis falsos e que efetuavam o pagamento dos objetos com notas falsas de 100 reais.
Em 2021, a Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul tem registradas cerca de 100 ocorrências similares, que indicam que o grupo criminoso investigado na Operação Sólon tenha colocado em circulação mais de 150 mil reais em notas falsas. Conforme estatísticas da Polícia Federal, foram apreendidos, desde 2020, aproximadamente 500 mil reais em cédulas falsas de 100 na Região Metropolitana de Porto Alegre.
A investigação aponta, ainda, para a participação do líder da organização em cerca de 40 grupos de aplicativos de mensagens destinados exclusivamente à prática de golpes variados, como geração de boletos falsos, falsificação de diplomas de instituições de ensino, compra e venda de cartões clonados e negociação de dados de terceiros para práticas de fraudes diversas. O investigado tem antecedentes por crimes de moeda falsa, roubo e receptação.
O nome da operação é uma referência ao estadista e legislador grego Sólon (Atenas, 638 a.C. – 558 a.C.). Sólon foi o idealizador da "teoria da desvalorização", que desvinculou o valor da moeda da sua composição pura em ouro ou prata. Com isso, criou “moedas falsas”, misturando metais mais baratos em sua composição e atrelando o lastro do dinheiro à confiabilidade no governo, responsável pela sua emissão.
Reportagem: Marcelo Ribeiro, com informações da Comunicação da PF
Data: 21/10/2021 08h44
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