Yuri Cougo Dias
Colunista do site
POLÍTICA E FUTEBOL NÃO SE MISTURAM?
Fala povo! Voltamos com mais uma coluna no Caderno7. Na estreia, falei das dificuldades que os clubes do interior teriam para conseguir retomar a Divisão de Acesso. Nesse segundo texto, continuaremos tratando a respeito da Segundona Gaúcha, que segue indefinida. E convenhamos: esse “chove não molha” está causando uma tremenda preocupação a todos que dependem dela para sobreviver.
Mas voltando, então, com a discussão da viabilidade financeira para que a Divisão de Acesso voltasse. Ser por algum motivo, as 16 equipes participantes arrumassem o dinheiro necessário para cumprir os protocolos sanitários e pagar os jogadores em dia, o próximo passo seria apenas a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) agendar as datas e a bola rolar?
Creio que a maioria sabe, mas a resposta é... NÃO! A novela para encerrar a fase classificatória do returno do Gauchão foi um exemplo prático que serve de embasamento para o raciocínio. A cada rodada, a dificuldade foi alta para conseguir viabilizar todas as sedes. Foi até preciso que alguns jogos mudassem de cidade um dia antes. Quem trabalha com futebol sabe do impacto disso na rotina, da alteração urgente de toda a logística, principalmente do clube visitante.
Mas qual o motivo para essas indefinições com as cidades-sedes? A decisão dos prefeitos. Antes de seguir a conversa, precisamos entender: podemos não fazer política, mas dependemos dela para qualquer decisão da nossa vida.
E no futebol, um esporte de massa, com papel forte na economia, a situação não seria diferente. Não importa se os clubes, atletas e FGF quiserem jogar. O ponto final será sempre das prefeituras, que têm autonomia de determinar quais os setores que podem ou não estar em atividade dentro do município.
E nas condições atuais, de que forma os prefeitos das cidades que possuem times trabalhariam para liberação da Divisão de Acesso? E se alguns não liberarem, cidades vizinhas acolheriam essas equipes? Vamos ilustrar como a Divisão de Acesso está distribuída no mapa gaúcho:
- São Gabriel
- Bagé (Guarany e Bagé)
- Santa Maria (Inter)
- Rio Grande (São Paulo)
- Lajeado do Sul (Lajeadense)
- Venâncio Aires (Guarani)
- Santa Cruz do Sul (Avenida)
- Vacaria (Glória)
- Veranópolis
- Frederico Westphalen (União Frederiquense)
- Igrejinha
- Crissiumal (Tupi)
- Passo Fundo
- Farroupilha (Brasil)
- Cachoeirinha (Cruzeiro)
O objetivo de montar essa lista é para que possamos começar a avaliar quais são as condições das cidades que sediaram um eventual retorno da Divisão de Acesso. Como estão as contaminações, as internações? Estádios, hotéis, restaurantes (sem uso de buffet, claro) desses municípios teriam condições de atender os protocolos sanitários? E como serão feitas as articulações com os prefeitos?
Como até o momento não há nenhuma data concreta para retorno da Divisão de Acesso, fica difícil os prefeitos já terem respostas para todas essas perguntas. Mas, de qualquer forma, tirando como base a forma como foi tratada a volta do Gauchão, é bom já começar a pensar nisso desde agora. Então, respondendo à pergunta do título: política e futebol se misturam? Sim. Uma boa sexta e final de semana para todos!
Colunista do site
POLÍTICA E FUTEBOL NÃO SE MISTURAM?
Fala povo! Voltamos com mais uma coluna no Caderno7. Na estreia, falei das dificuldades que os clubes do interior teriam para conseguir retomar a Divisão de Acesso. Nesse segundo texto, continuaremos tratando a respeito da Segundona Gaúcha, que segue indefinida. E convenhamos: esse “chove não molha” está causando uma tremenda preocupação a todos que dependem dela para sobreviver.
Mas voltando, então, com a discussão da viabilidade financeira para que a Divisão de Acesso voltasse. Ser por algum motivo, as 16 equipes participantes arrumassem o dinheiro necessário para cumprir os protocolos sanitários e pagar os jogadores em dia, o próximo passo seria apenas a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) agendar as datas e a bola rolar?
Creio que a maioria sabe, mas a resposta é... NÃO! A novela para encerrar a fase classificatória do returno do Gauchão foi um exemplo prático que serve de embasamento para o raciocínio. A cada rodada, a dificuldade foi alta para conseguir viabilizar todas as sedes. Foi até preciso que alguns jogos mudassem de cidade um dia antes. Quem trabalha com futebol sabe do impacto disso na rotina, da alteração urgente de toda a logística, principalmente do clube visitante.
Mas qual o motivo para essas indefinições com as cidades-sedes? A decisão dos prefeitos. Antes de seguir a conversa, precisamos entender: podemos não fazer política, mas dependemos dela para qualquer decisão da nossa vida.
E no futebol, um esporte de massa, com papel forte na economia, a situação não seria diferente. Não importa se os clubes, atletas e FGF quiserem jogar. O ponto final será sempre das prefeituras, que têm autonomia de determinar quais os setores que podem ou não estar em atividade dentro do município.
E nas condições atuais, de que forma os prefeitos das cidades que possuem times trabalhariam para liberação da Divisão de Acesso? E se alguns não liberarem, cidades vizinhas acolheriam essas equipes? Vamos ilustrar como a Divisão de Acesso está distribuída no mapa gaúcho:
- São Gabriel
- Bagé (Guarany e Bagé)
- Santa Maria (Inter)
- Rio Grande (São Paulo)
- Lajeado do Sul (Lajeadense)
- Venâncio Aires (Guarani)
- Santa Cruz do Sul (Avenida)
- Vacaria (Glória)
- Veranópolis
- Frederico Westphalen (União Frederiquense)
- Igrejinha
- Crissiumal (Tupi)
- Passo Fundo
- Farroupilha (Brasil)
- Cachoeirinha (Cruzeiro)
O objetivo de montar essa lista é para que possamos começar a avaliar quais são as condições das cidades que sediaram um eventual retorno da Divisão de Acesso. Como estão as contaminações, as internações? Estádios, hotéis, restaurantes (sem uso de buffet, claro) desses municípios teriam condições de atender os protocolos sanitários? E como serão feitas as articulações com os prefeitos?
Como até o momento não há nenhuma data concreta para retorno da Divisão de Acesso, fica difícil os prefeitos já terem respostas para todas essas perguntas. Mas, de qualquer forma, tirando como base a forma como foi tratada a volta do Gauchão, é bom já começar a pensar nisso desde agora. Então, respondendo à pergunta do título: política e futebol se misturam? Sim. Uma boa sexta e final de semana para todos!