Os protestos que abalaram Pequim e dezenas de outras cidades na primavera e no verão de 1989 foram desencadeados após a morte, em abril, do líder marginalizado do Partido Comunista Hu Yaobang, defensor do liberalismo econômico e político. Todos estes queriam liberdade na China, o que foi reprimido violentamente. Estima-se que milhares de estudantes foram mortos no dia chave dos protestos, em 4 de junho.
Em 20 de maio, o governo declarou a lei marcial e, na noite de 3 de junho, enviou os tanques e a infantaria do Exército à praça de Tiananmen para dissolver o protesto. As estimativas das mortes civis variam: 400 a 800 (segundo o jornal estadunidense The New York Times), 2600 (segundo informações da Cruz Vermelha chinesa) e sete mil (segundo os manifestantes). O número de feridos é estimado em torno de sete mil e dez mil, de acordo com a Cruz Vermelha. Diante da violência, o governo empreendeu um grande número de arrestos para suprimir os líderes do movimento, expulsou a imprensa estrangeira e controlou completamente a cobertura dos acontecimentos na imprensa chinesa. A repressão do protesto pelo governo da República Popular da China foi condenada pela comunidade internacional.
A foto mais emblemática desta tragédia é de um homem que até hoje não foi identificado e que pára uma coluna de tanques que se deslocava da Praça em 5 de junho, pelo fotógrafo Jeff Wiedner, da Associated Press. Não se sabe o que foi feito dele - muitos dizem que ele foi morto após ser retirado dali, outros que ele foi levado para fora do país e nem sua real identidade. O "rebelde desconhecido" foi eleito pela revista Time como uma das pessoas mais influentes do Século XX.
Mas a China, mesmo com o modernismo e o crescimento econômico, ainda vigia a liberdade de expressão e "apaga" qualquer registro do massacre, além de punir severamente quem divulgar alguma referência no país asiático. Mas fica o registro para mostrar a importância de vivermos em uma democracia.
Reportagem: Marcelo Ribeiro, com informações da Wikipédia
Data: 04/06/2019 10h53
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