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Audiência pública sobre os impactos do estacionamento rotativo foi realizada na noite de quarta-feira na Câmara de Vereadores |
Com vários questionamentos e polêmicas, a audiência pública sobre os impactos do estacionamento rotativo em São Gabriel deu o que falar na noite de quarta-feira, 19 de junho. Solicitada pelo Sindilojas, o encontro teve a presença de empresários locais, agentes políticos e representantes da empresa concessionária do serviço, a REK Parking, na Câmara de Vereadores da cidade.
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Público compareceu na audiência, entre empresários, contrários ao sistema e colaboradores da empresa |
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Britto, que tem sido o maior crítico do sistema, disse que vai "lutar até o fim" do mesmo |
A audiência foi presidida pelo vereador Vagner Aloy e ouviu as alegações do proponente, o presidente do Sindilojas, Aljaci Britto, que foi bem claro que defenderá o boicote ao sistema "até sua extinção" em São Gabriel. "Tivemos prejuízos no comércio e provavelmente teremos demissões, pela forma que foi feita, inclusive temos dados de que os valores do serviço são mais caros do Estado entre as cidades atendidas pela empresa. Se continuar assim como está, em São Gabriel a empresa vai fechar as portas", protestando em relação à notificação de R$ 16,00 estipulada por Decreto Municipal e que seria o valor total de oito horas de rotativo e estimulando o boicote. Ele informou também que está com uma ação na justiça contra o sistema.
O Sindicato reivindica alterações no período de tolerância, que atualmente é de dez minutos, para 45 minutos; redução do período diário do rotativo até às 16 horas por conta dos bancos; e o fim do estacionamento pago aos sábados. O gerente regional da empresa, Vinícius Macedo, as dificuldades enfrentadas pelo comércio tem a ver com a crise geral que afeta o País e que toda mudança gera resistência. "Chegamos para mudar uma realidade de 173 anos e toda mudança gera um desconforto no princípio, mas isso veio para democratizar e dar rotatividade às vagas. Perdoem os que nos veem de forma negativa, mas apenas cumprimos a lei", frisou, enfrentando protestos de alguns na plateia.
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Vinícius Macedo disse que sistema veio para democratizar as vagas de estacionamento e que momento de crise é geral em todo o Pais, além de toda mudança gerar constestações |
A empresa tem contrato de 10 anos com direito a mais 10. O vereador Felipe Abib (PT), foi bem claro que não dá para iludir a comunidade, porque nada mudaria e que já está estipulado em decreto. A Prefeitura emitiu um comunicado informando que a situação é decorrente da crise econômica que afeta todo o País e que a queda de movimento no comércio é geral, tanto de vendas nas empresas da chamada "Área Azul" como fora dela, que chegou a 30% menos.
Confira a audiência na íntegra, transmitida pelo site
Caderno7 na noite de quarta-feira:
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 20/06/2019 12h47
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