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Caminhoneiros seguiram protesto pelo 2º dia consecutivo no trevo da Urcamp e Gauchão, em número maior de participantes em relação ao dia anterior |
Caminhoneiros de São Gabriel e região seguiram nesta terça-feira (22) o protesto contra o preço alto dos combustíveis e dos impostos, agora com maior adesão em relação à ontem. Estima-se que mais de 400 pessoas estejam no trevo da Urcamp, onde está concentrada a manifestação que vem recebendo mais apoios de profissionais do volante.
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Movimento tem apoio do agronegócio local |
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Protesto é pacífico, com bloqueios de estrada a cada hora no local |
Há bloqueios a cada hora de outros caminhões e carros. Estão liberados somente os veículos de saúde e emergência, como ambulâncias, SAMU e Bombeiros. Os caminhoneiros estão tendo o apoio reforçado de produtores rurais e empresas do agronegócio, e só vão deixar de protestar quando o Governo Federal reduzir o preço dos combustíveis, turbinado pelos impostos altos.
Durante a manhã, a Petrobrás anunciou que reduzirá os preços da gasolina em 2,08% e o diesel em 1,54%, após uma sequência de reajustes. A redução será aplicada a partir de amanhã (23). A empresa informou em seu site que o preço da gasolina nas refinarias cairá de R$ 2,0867 o litro para R$ 2,0433 a partir desta quarta. Já o preço do diesel será reduzido de R$ 2,3716 para R$ 2,3351. Os caminhoneiros conclamam a comunidade a aderir o movimento - a ideia é fazer tudo parar para que a população tome ciência de seus direitos.
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Sebastião, que participa do movimento, externa dificuldades para trabalhar geradas pelo alto custo do combustível e impostos |
Os caminhoneiros salientam que devido à alta dos combustíveis, estão vendo os custos subirem e os ganhos diminuírem drasticamente. O motorista catarinense Sebastião dos Anjos disse à reportagem que tem gasto mais de mil reais de combustível e que praticamente não paga os custos do transporte. "Assim fica difícil viver, porque todo nosso lucro que ganhamos para ajudar a família praticamente é inexistente. Estamos pagando para trabalhar, além do quê, não há retorno desses impostos, com estradas em más condições, esburacadas e a falta de segurança", finaliza.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 22/05/2018 20h24
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